FCF qualifica de falsas e descabidas as acusações feitas pela delegação dos Camarões

A Federação Cabo-verdiana de Futebol afirma que são totalmente falsas e descabidas as afirmações feitas pelas delegação dos Camarões e postas a circular na imprensa internacional à sua chegada no país para  o jogo da 8.ª jornada do grupo D, de qualificação ao Mundial contra Cabo Verde. Para a instituição que gere o futebol no arquipélago, tais afirmações foram feitas na tentativa de criar “casos” que nunca existiram.

De acordo com um comunicado da FCF, a caravana dos Camarões foi recebida no aeroporto pelo seu vice-Presidente, Fernando Firmino, e pelo serviço de protocolo. Foram observados os procedimentos normais da fronteira para um total de 78 pessoas que fazem parte da delegação. “Foram todos atendidos, durante uma hora, ou seja, menos de um minuto, por cada elemento da delegação”, detalha. 

A instituição esclarece ainda que, no âmbito da reciprocidade, os vistos para 44 elementos da delegação foram por ela pagos, com a devida antecedência, o que facilitou os procedimentos da fronteira. Inclusive, esta medida mereceu agradecimentos do Chefe da delegação dos Camarões, e do vice-presidente, Sro Ahdou Karim, no final da operação de fronteiras, ao seu par da FCF, Fernando Firmino, que acompanhou a caravana ao hotel, até à sua instalação.

Relativamente ao alegado incidente no treino, segundo a mesma fonte, não obstante os regulamentos admitirem apenas, dois treinos, a pedido da delegação dos Camarões, a FCF disponibilizou o Estádio da Várzea, em colaboração com a Associação Regional de Futebol de Santiago Sul, para mais uma sessão. Este ficou marcada para às 16h00, pois está a decorrer uma competição dos veteranos, tendo inclusive, a Associação cancelado o segundo jogo.  “Quando a equipa dos Camarões chegou ao Estádio da Várzea, faltavam poucos minutos para terminar o jogo, e, em total desrespeito, e numa atitude de provocação, invadiram o relvado, com o jogo a decorrer, e a partir daí gerou-se alguma confusão com os jogadores das equipas em campo, e os oficiais das mesmas”, assegura. 

De imediato, sublinha, dirigiu-se ao Estádio da Várzea, o Secretário Geral da Federação, e com a presença da polícia nacional, a situação ficou normalizada. No entanto,, os responsáveis dos Camarões recusaram a treinar, o que demonstra a má fé, e a intenção de criar casos, talvez, com objetivos outros. Aliás, prossegue, na reunião técnica realizada, na manhã de segunda-feira, na Sede da Federação Cabo-verdiana de Futebol, o Comissário do jogo perguntou se as Delegações tinham algo a reclamar, e em nenhum momento a delegação dos Camarões apresentou qualquer queixa e/ou protesto.

Lembra a FCF que, no dia 6 de Setembro, a equipa dos Camarões fez o seu primeiro treino oficial, no Estádio Nacional, local do jogo, e tinha agendado um segundo treino para, ontem, segunda-feira, véspera do jogo. Termina afirmando que são, totalmente falsas, e descabidas, as acusações feitas pela delegação dos Camarões, e foram feitas na tentativa de criar “casos” que nunca existiram.

Cabo Verde lidera o grupo com 16 pontos, mais 1 ponto que os Camarões. Líbia segue com 11 pontos, Angola 7, Maurícias 5 e Eswatini tem 2 pontos. O primeiro de cada grupo qualifica-se para o Mundial 2026 e os quatro melhores segundos classificados irão disputar um play-off. Por conta disso, era previsível alguma tensão antes da partida, que acontece na tarde de hoje e opõe os “Tubarões Azuis” e os “Leões Indomáveis”. Trata-se de um jogo que muitos observadores já chamam de “final” do Grupo D.

O jogo, refira-se, deverá contar com a presença de 15 mil torcedores no Estádio Nacional e uma equipa de arbitragem ganesa, liderada por Daniel Laryea Nii Ayi. 

Sair da versão mobile