A 9.ª edição da Feira do Artesanato e Design de Cabo Verde (Urdi) vai acontecer em data diferente, entre os dias 11 a 15 de dezembro, depois das eleições autárquicas. O anúncio foi feito esta manhã pelo director do Centro Nacional de Artesanato e Design (CNAD), Artur Marçal, que avanço ainda que as inscrições para participação na feira dos artesãos vão de 23 de setembro até 28 de outubro.
Artur Marçal, que falava em conferência de imprensa no Mindelo, explicou que a Urdi 2024 será sob o signo da ‘Reinterpretação da materia’, que mais não é que um desafio lançado à classe artísticas, artesãos, designers, entre outros criativos para, juntos, refletirem sobre o papel da arte da da cultura perante a crise ecológica. ‘Todos sabemos da nossa condição arquipelágico, da orografia das ilhas e da insularidade no Atlântico. Apesar de sermos um país pequeno, coloca-nos ainda mais desafios nessas questões, sobretudo numa altura em que temos sentido efeitos da crise global’, sublinhou.
Neste sentido, esperam mobilizar os criativos para envolverem e analisarem como a arte e a cultura podem despertar a consciência coletiva através do universo ilhéu. Em termos de programação, a primeira atividade será a residência criativa. Segue-se No Bai URDI, com duração de uma semana, o Salão com das exposições resultado da residência criativa e do URDI Júnior, feira na Praça América Cabral, as grandes conversas, o pavilhão Pik-Nic o desenho, os concertos e o prémio Djoy Soares.
‘O concurso de desenho foi cancelado porque não houve candidaturas suficientes para que avançássemos com o projeto. Vamos naturalmente analisar essa questão porque havia muita expectativa em relação à este concurso, até porque a nossa classe está sempre a reivindicar que não há muitas oportunidades, não há patrocínios. Temos de questionar qual é o interesse da classe em acompanhar o que está a acontecer’, lamenta o director do CNAD, que destaca igualmente o cancelamento da Cota Zero pelo mesmo motivo, o seja, candidaturas suficientes.
Relativamente à alteração da data habitual, Artur Marçal garante que a mudançae tem a ver com o periodo eleitoral. ‘Entendemos que era melhor, em termos de organização, alterar a data para um momento já mais calmo. Também tem sido uma reivindicação dos artesão e da própria sociedade o prolongamento da URDI mais uns dias em dezembro. Mas é uma alteração pontual.’
Outra novidade para esta edicto é que não haverá municípios convidados, a semelhança do que vinha acontecendo nas edições anteriores, também por casa das eleições autárquicas. Mas é intenção de Artur Marçal traz artesãos de todos os municípios para esta feira. O orçamento se mantém em cerca de oito mil contos os espaços URDI se repetem; Praça Amílcar Cabral, CCM e CNAD.