A tartaruga gigante de cimento construída por Ró e seus companheiros do ateliê Interart em São Vicente na praia da Lajinha foi ontem oficialmente inaugurada. Na ocasião, Ró deixou claro que tem mais projectos em carteira para continuar a embelezar São Vicente e Cabo Verde. Já o director-geral da Economia Marítima, Malik Lopes, garantiu que o ministério continuará a apoiar tudo o que que é transversal à preservação marinha.
A tartaruga da espécie careta-careta, diz Ró, surgiu de uma parceria entre o ateliê deste artista plástico, empresas sediadas em São Vicente, entre os quais a Enapor, Matec, Moave, Vivo Energy, SEFI, Oásis Atlântico e o Ministério da Economia Marítima. Está fixada na zona sul da praia da Lajinha, precisamente onde antes esta espécie fazia a sua nidificação.
“Todos nós que frequentamos esta praia já vimos esta espécie na Lajinha. Fiz esta obra para homenagear a careta-careta, mas tenho muito mais para fazer. É uma alegria enorme. Todos nós somos ambientalistas. Temos de lutar por nossa biodiversidade e proteger os nossos mares”, disse Ró, aproveitando para agradecer todos os colaboradores que contribuíram para a concretização da obra e lançar um repto no sentido de a protegerem.
“Esta tartaruga hoje está muito bonita. Vamos tentar preservá-la. As pessoas têm nos dito para cercar a obra. Não vamos fazer isso. Vamos apenas colocar uma placa a pedir para não subirem na tartaruga. Da mesma forma que protegemos as que estão no mar, vamos proteger esta na terra”, desafiou este artista, que diz lembrar ainda o tempo em que se montava tendas para guardar os ovos das tartarugas que vinham nidificar na Lajinha, o que hoje já não acontece por causa das luzes e da areia sedimentada. “Mas ainda vemos com frequência pelo menos três tartarugas por estes lados”.
Para o DG da Economia Marítima, Malik Lopes, um dos objectivos do seu ministério é a sustentabilidade ambiental pelo que vão apoiar todos os projectos que surgirem neste sentido. “Incentivamos que apareçam novos projectos para podermos dar o devido apoio e assim concretizarmos aquilo que é a protecção das espécies marinha”, afirmou Malik Lopes. Este realçou que a mensagem é de preservação e de saber cuidar das espécies, principalmente as ameaçadas ou em vias de extinção.
Quanto à esta obra de arte, Lopes defender que é para lembrar as pessoas de que é preciso proteger estas espécies. “Para além disso, embeleza a praia da Lajinha e conta para a responsabilização e educação ambiental para todos, principalmente para as nossas crianças”, acrescentou.
Constânça de Pina