Solange Cesarovna e Juca Novaes celebram a música em concerto para apresentar single “Frevo ou Funaná”

Os artistas cabo-verdiana Solange Cesarovna e paulista Juca Novaes celebram a música em “Frevo e Brasil”, uma união inédita entre os dois países. A colaboração nasceu do encontro entre duas culturas irmãs, ligadas pela lusofonia, pela paixão pela música e pela alegria de partilhar ritmos que atravessam o Atlântico. O resultado é uma canção que exalta a amizade, a identidade e a diversidade que unem os povos de língua portuguesa.

O espetáculo de lançamento do single “Frevo e Funaná” está marcado para o dia 12 de novembro no Bona Casa da Música, em São Paulo. Trata-se de uma celebração a amizade entre os dois países através da música, refere a Ars Luminae Agency em comunicado. Explica ainda que, durante uma visita a Cabo Verde, o cantor e compositor Juca Novaes descobriu afinidades surpreendentes entre as culturas cabo-verdiana e brasileira – da morna ao choro, morna, da cachupa ao vatapá. Mas foi na semelhança rítmica entre frevo e funaná que encontrou inspiração para compor esta canção que cruza dois mundos unidos pelo Atlântico.

“Compor e lançar essa canção tem sentido pela reafirmação da fundamental influência da música da África na música popular brasileira, bem como pela importância da lusofonia, do compartilhamento de experiências entre povos que falam a mesma língua, separados pelo oceano. Ao mesmo tempo, tem a importância de revelar a identidade cultural entre Brasil e Cabo Verde, representado por elementos gastronômicos, etílicos e musicais que são comuns aos dois países, muito embora com nomes diferentes”, declarou o artista, frisando a importância da parceira com Solange Cesarovna, artista cabo-verdiana com destaque internacional, e com quem não apenas dividiu a interpretação, mas que também acrescentou a versão em criolo, que tornou ainda mais significativa a gravação de “Frevo ou funaná”.”

Solange, que acolheu Juca durante a sua passagem pelo país, aceitou o convite para criar a versão em crioulo da canção e vai deslocar-se ao Brasil para partilhar o palco com o compositor em um concerto, que promete ser uma celebração da lusofonia e da irmandade musical entre os dois países. “Quando o extraordinário autor, compositor e artista brasileiro Juca Novaes, que muito admiro, me mostrou a música Frevo ou Funaná e me convidou para gravarmos juntos, fiquei absolutamente emocionada”, sublinhou. 

A cantora, que é também vice-presidente da Académica Africana de Música, lembra que fez a sua licenciatura no Brasil e, já nessa altura, então com 18 anos, constatou semelhanças entre os dois países, a nível cultural, musical e comportamental. “Somos povos alegres, sorridentes e apaixonados pela música. O Juca traduziu essas semelhanças de forma genial nesta canção. Foi um enorme prazer fazer a versão em crioulo e estou verdadeiramente apaixonada pelo resultado final – um hino à amizade entre C. Verde e o Brasil.”

Solange Cesarovna, recorda-se, foi distinguida no Brasil com o Prémio Profissionais da Música (PPM 2025) pela sua contribuição para a internacionalização da música africana.

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