O espectáculo ‘Bela Mundo”, em homenagem à artista plástica Bela Duarte, com Janaina Alves e Matísia Rocha, e o debute absoluto da cantora Nancy Vieira nas artes performativas é apresentado este domingo, 26, no Seixal, Portugal. A peça, a 5.ª criação do Saaraci Colectivo Teatral, estreou-se nos dias 19 e 20 de outubro, em Portalegre.
Com duração de 50 minutos, a peça Bela Mundo conta a história de uma menina cabo-verdiana de oito anos, de nome “Bela” que, ao mudar-se para Portugal, vê-se num mundo novo, cheio de desafios e descobertas. No prédio onde agora vive, as línguas, os cheiros e os costumes parecem-lhe estranhos, mas tudo muda quando conhece outras crianças, cada uma com uma história, uma memória e um conto tradicional de sua terra natal, lê-se na sinopse desta peça teatral.
A interpretação e manipulação estão a cargo de Matísia Rocha, Nancy Vieira e Janaina Alves, com encenação de João Branco e dramaturgia de Janaina Alves. Assina a direção musical da peça Pedro Branco, a cenografia e marionetas Luís da Silva, e os figurinos dão da autoria de Simone Rodrigues.
Surge como ferramenta artística e educativa para abordar essas questões de forma acessível e envolvente. Através do teatro de marionetas e da tradição oral, oferece às crianças uma forma lúdica e sensorial de se reconhecerem nas histórias dos outros, criando empatia e combatendo estereótipos, pontua, realçando que as crianças, independente da sua origem, se sintam representadas e valorizadas, refere o enquadramento.
“Ao trazer para a cena os contos tradicionais de diferentes países, o espetáculo incentiva o respeito pela diversidade e o fortalecimento de identidade “Bela Mundo” não é apenas uma peça de teatro, mas um projeto de mediação cultural que promove inclusão, pertencimento e reconhecimento mútuo”, detalha, indicando que o impacto social da peça estende-se às escolas e espaços comunitários, criando oportunidades de discussão sobre imigração, cultura e aceitação, temas fundamentais num momento em que a construção de sociedades mais justas e inclusivas se faz urgente.
O teatro, neste contexto, torna-se um veículo de transformação social, sensibilizando o público infantil para a importância da diversidade e da empatia, acrescenta, realçando que, com esta iniciativa, pretende-se que cada criança saia do espetáculo com um olhar renovado sobre si mesma e sobre os outros, percebendo que, apesar das diferenças, partilha histórias, medos e sonhos que a torna profundamente humana.
