Peças customizadas de vestuário e bolsas da designer Stephanie Silva, 28 anos, podem ser apreciadas até a próxima segunda-feira,26, no Café Verde, no Mercado Municipal de São Vicente. Trata-se da sua coleção Abril Zero Waste, que celebra este mês de abril em que se comemora o Dia do Têxtil e o Dia Mundial da Terral.
Ao Mindelinsite, Stephanie explica que, enquanto designer, sente e vê as coisas com a mesma pureza de uma criança, com a mesma intensidade e rebeldia do mar. “A moda foi algo que cresceu em mim e que adoptei como algo identitário. As roupas que uso são aquelas em que me sinto confortável. Foi assim que comecei a inventar, criar e desenhar as peças que gosto de usar e que representam a minha personalidade, a minha ousadia”, frisa.
É neste sentido que surge esta exposição, patente até amanhã no Café Verde, em que esta designer reaproveita e recicla jeans. “Estamos a fazer também uma campanha para quem quiser doar. As peças recolhidas são transformadas. Vamos dá-las uma outra utilidade. Com os jeans que vou recolhendo que faço as peças que estão aqui expostas.”
Para além destas, Stephanie faz trabalhos em croché. “Queremos mostrar que a moda é tão importante como o seu papel na sociedade. Conseguimos resgatar histórias e identificar profissões. Por exemplo, as peças em croché são feitas por minha mãe, Manuela Oliveira”, acrescenta esta jovem, que destaca, para além de vestuários, confeciona calçados e joias em prata, inspirados no “pano de terra”. E ainda sacos feitos com material reutilizável.
A designer explica que adoptou a marca “Climax” para o seu trabalho, que quer dizer ponto máximo. “Sinto-me sufocada com as coisas impostas pela sociedade. Como defendo que temos de ter liberdade de ser e pensar com a nossa cabeça, Climax é um nome que melhor se adequa a marca. Quero mostras as pessoas que o que vestimos é importante e as peças que escolhemos devem adequar ao nosso corpo. É o nosso corpo que molda a roupa e não o contrário”.
Lidiane Sales (Estagiária)