Neves considera que Festival de Música da Baía esteve à altura de São Vicente

O presidente da Câmara de São Vicente convocou hoje a imprensa no Mindelo para fazer o balanço da 35ª edição do Festival Internacional de Música da Baía das Gatas. Para Augusto Neves, o evento esteve à altura dos sanvicentinos e se afirma, cada vez mais, como um vector da economia, como efeito multiplicador na estruturação de um turismo de qualidade.

O autarca começou por dizer que a Câmara Municipal de São Vicente assumiu a cultura como um dos eixos prioritários e identitários da acção municipal, reconhecendo-a como instrumento privilegiado da sua política de desenvolvimento económico do território e das comunidades. Neste sentido, prossegue, esta ilha, enquanto capital da cultura de Cabo Verde, São Vicente sempre foi uma incubadora cultural e um importante promotor da economia da economia nacional. “O Festival Internacional de Música da Baía das Gatas tem se afirmado inequivocamente como um dos maiores eventos culturais do país, com prestigio assegurado tanto a nível nacional como internacional, transformando-se numa referência obrigatória para todos quantos elegem esta cidade como destino turístico e de férias.”

Para além do festival da Baía das Gatas, Augusto Neves destacou outros importantes eventos culturais do verão, caso do Kavala Fresk Feastival, o Mindel Summer Jazz, o Carnaval de Verão, de entre outros. Eventos que, em particular o festival, este ano estiveram à altura dos sanvicentinos e dos que amam e querem o melhor para esta ilha. Por isso mesmo, aproveitou para agradecer o apoio da população pelo civismo demonstrado e por ter ajudado no sucesso alcançado. “Agradeço a presença massiva da população na Baía. Foi um momento impar para a economia mindelense. O verão em São Vicente é hoje um cartão postal e um convite aos nossos emigrantes, amigos, visitantes e turistas”, assegurou Augusto Neves.

O edil agradeceu ainda os parceiros, empresas e instituições, entre os quais a Polícia Nacional, Forças Armadas e Cruz Vermelha. Ainda, o Governo, através dos ministérios da Cultura e Turismo, funcionários da CMSV, em especial o Serviço do Ambiente que, afirma, tem feito um trabalho meritório de limpeza pública nesta ilha, durante os eventos e todos os dias. Questionado sobre o descontentamento de alguns artistas relativamente ao alinhamento do festival, Neves lembrou que todos assinaram um contrato e sabiam, a priori, a hora em que iam actuar. Reconheceu, no entanto, que, muitas vezes, na dinâmica do festival há atrasos.

Já sobre as obras de requalificação desta estância balnear, admite que estas já deveriam ter começado, mas tiveram de fazer um compasso de espera por causa do festival. “O primeiro trabalho a ser feito é a drenagem das águas das chuvas atrás do palco. Acredito que devem começar em breve”. Quanto ao palco do festival, este garantiu que a CMSV tem um projecto para realizar dois/três eventos culturais anuais nesta infraestrutura. “Pensamos utilizar o palco e toda a infraestrutura somente para festivais, tendo em conta que exige muita manutenção. A nossa ideia é termos no mínimo dois ou três festivais na Baía todos os anos. Isto porque, ao contrário dos eventos realizados na cidade, Baía movimenta a economia a nível da restauração, transportes, deslocação, etc. Com as obras de requalificação, o espaço ficará mais apetitoso e aptos para receber estes eventos.”  

Entre os eventos que podem ser realizados no palco da Baía das Gatas, Augusto Neves aponta para o Festival Cesária Évora e o Festival da Juventude. São eventos que, afirma, a CMSV tem estado a trabalhar, mas que este ano não foi possível realizar por causa das obras da asfaltagem da estrada que liga a cidade do Mindelo a esta estância balnear.

Constânça de Pina

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