O documentário “Manuel d´Novas-Coração de poeta” vai ser apresentado em estreia ao público mindelense no dia 26 de agosto, um ano e oito meses após a antestreia para convidados no Auditório Onésimo Silveira, em dezembro de 2019. Esta longa espera deve-se aos constrangimentos decorrentes da pandemia da Covid-19.
“Há muito tempo que queríamos fazer a estreia do documentário em São Vicente, mas foi impossível por causa da pandemia. Chegamos a fazer a estreia ao público na Praia, em janeiro último, numa altura que a situação pandémica na Capital estava melhor”, revela Neu Lopes, que assina, na ficha técnica, para além da realização, a sonoplastia, as imagens, o grafismo, a edição e a produção da película.
Mas os constrangimentos não ficam por aqui. Neu Lopes explica que o documentário deveria também estrear em Milão, em 2020, no Festival de Cinema Africano. “Estava previsto a realização de uma noite especial de Cabo Verde em que seria apresentado Manuel d´Novas – Coração de poeta, inclusive já tinha passagem. Infelizmente, coincidiu com o período em que a pandemia da Covid-19 explodiu em Itália. Por isso, não consegui viajar”, lamneta.
Entretanto, quase que no mesmo período, Cabo Verde também adoptou um conjunto de medidas restritivas que impediram a apresentação pública do documentário no país. No início deste ano, prossegue, o Centro Cultural Português enviou-lhe um convite para estrear o documentário na Capital e aceitou de imediato. “Fiz um teste rápido e segui viajar para Praia para fazer a estreia, com todas as restrições. Já em S. Vicente foi impossível. Agora que a situação pandémica evoluiu positivamente decidi aproveitar a oportunidade para estrear o documentário aqui na minha ilha.”
A estreia pública em São Vicente vai acontecer no Centro Cultural do Mindelo, no dia 26, às 19 horas. “Manuel d´Novas – Coração de poeta”, refira-se, aborda a extensa obra do artista, com depoimentos de dezenas de pessoas que conheceram e conviveram com este trovador, que retratou a sociedade mindelense, a política, o amor, a emigração e a saudade como nenhum outro. O documentário é ainda uma homenagem de um filho para o pai.
