Mano Preto e Nuno Barreto na Alaim: Dançando com e por Moçambique

A academia Alaim acolhe este Sábado e Domingo dois espectáculos de dança contemporânea, cujas receitas serão canalizadas para ajudar as vítimas do ciclone Idai, que arrasou Moçambique e deixou 602 mortes e 1 milhão e 500 mil pessoas afectadas, conforme actualização das estatísticas do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades desse país lusófono. A iniciativa partiu do polo do Centro Cultural Português no Mindelo, que apela à adesão do público a essa causa social.

“Tendo em conta o objectivo, esperamos arrecadar o máximo de dinheiro, que será depositado numa das contas abertas para ajudar as vítimas do ciclone. Depois iremos publicar o talão para que toda a gente saiba o valor conseguido”, informa João Branco, responsável do CCP do Mindelo.

Em palco estarão os artistas Mano Preto e Nuno Barreto, que irão apresentar respectivamente os espectáculos “Kodé di Dona” (com assistência do corpo de bailado Raiz di Polon) e “Cisne Preto”. Hoje, Sábado, Mano Preto entra em cena pelas 21 horas com “Kodé di Dona”, a sua primeira incursão coreográfica em que “encarna um personagem histórico real e específico ao longo de uma obra inteira. “Mano Preto lança mão de toda a sua experiência não só enquanto coreógrafo e criador cénico, como também enquanto intérprete e ator, para transmitir as idiossincrasias e especificidades do ser santiaguense tal como são destiladas na pessoa de Kodé di Dona”, explica nota de imprensa sobre o espectáculo.

O bailarino e intérprete Nuno Barreto actua no Domingo pelas 20 horas com a peça Cisne Preto, um trabalho técnico a solo baseado na dança contemporânea, em que “desafia todos os limites, sentindo e dançando com o cisne no interior do seu corpo no ciclo da vida”.

Os dois espectáculos estão enquadrados no programa do CCP do Mindelo, mas os artistas e a organização aceitaram destinar as receitas para as vítimas do temporal Idai, que já provocou 600 mortes contabilizadas em Moçambique.

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