Mandingas d’Rebera Bote colocam “onda negra” em marcha com primeiro dos 9 assaltos do Carnaval ’25

Os mandingas da Ribeira Bote colocaram a onda negra em marcha com o primeiro dos 9 assaltos previstos para o Carnaval deste ano em S. Vicente, que cai no dia 4 e março. Para aquecer a máquina, o grupo fez uma trajetória mais modesta dentro da localidade e arredores.

“Este arranque é sempre emocionante porque é um dos momentos mais aguardados depois de um ano à espera do retorno do Carnaval”, comenta Irina, uma das presenças assíduas dos desfiles do grupo da Ribeira Bote. Sobre as nove semanas seguidas de “lomba”, afirma que o pessoal está preparado para aguentar a pedalada, até porque não é a primeira vez que a festa do Entrudo calha em março.

Djalô, o “rei dos mandingas”, como muitas vezes é tratado no Mindelo, perspectiva um ano muito animado, mas espera que tudo decorra num clima de paz e alegria. “Peço ao pessoal para festejarmos com espírito aberto, sem perturbar este ambiente, que deve ser de pura alegria”, frisa o mandinga.

Para Tau, presidente dos Mandingas d’Ribeira Bote, as nove semanas de assalto carnavalesco vão representar um pouco mais de esforço do grupo em termos físicos, mas também financeiro. Isto devido aos custos com o almoço oferecido a cerca de 70 elementos do grupo antes do arranque de cada desfile, o uso do pó para pintar a pele de negro reluzente e a manutenção das peles dos instrumentos de percussão. Revela que as despesas chegam a atingir os 300 contos por ano.

Normalmente, o primeiro desfile dos mandingas da Ribeira Bote acontece dentro das artérias da chamada “zona libertada”. Desta vez, a organização decidiu estender a trajetória para os arredores e atrair um público maior.

A cada domingo, os desfiles vão mobilizando mais foliões e abrangem uma área maior e mais zonas periféricas. Depois entram dentro da própria cidade do Mindelo numa “romaria” de milhares de pessoas, jovens na sua maioria.

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