Loony Johnson faz show electrizante e chora no segundo dia do Festival da Baía das Gatas 

Loony Johnson foi um dos destaques do segundo dia da 38ª edição do festival da Baía das Gatas. O artista, que trocou o horário de actuação com Nenny, conseguiu manter o público “ligado” durante uma hora e 15 minutos, respondendo com entusiasmo aos sucessivos pedidos para tirar os pés do chão, levantar os braços em coreografias que pareciam ensaiadas, fazer barulho, e, principalmente, a cantar todas as suas músicas. O performance do público, que voltou a encher o areal da Baía das Gatas, emocionou e fez Loony Johnson chorar.

Loony Johnson decidiu repetir a fórmula que o consagrou no palco da Baía das Gatas em 2019: “Mata tudo”, “Terra Sabe”, “Undi Da Ki Panha”, “Vai Vai”, “Homi Grandi”, “Da kel bo toki”, “Bo é dod na mim” e, por último “Fla la nos ê kenha”. E conseguiu, uma vez mais, “sacudir” Baía. “Foi incrível. Estou sem voz e muito emocionado. Foram dois anos praticamente parados. Voltar num palco como Baía, e principalmente cantar para o povo de São Vicente, foi muito emocionante porque foi aqui que fiz o meu último show antes da pandemia, na rua de Lisboa em 2019, e primeiro depois. Durante estes dois anos muitas coisas aconteceram na minha vida. Quase que não vim este ano. Mas Deus é grande”, enfatizou. 

Ceuzany

Ainda emocionado, Loony admitiu que se sente tocado pelo público de São Vicente “Durante o espetáculo lembrei os shows na Baía, rua de Lisboa e a minha primeira apresentação na Caravela quando ainda não era muito conhecido. Sempre fui muito bem recebido. Nestes dois anos parados, revivi estes momentos na memória. Estar aqui hoje novamente é uma benção que tenho que agradecer as pessoas que confiaram em me trazer de novo para Baía: CMSV, Staff Promo, Gugas Veiga”, pontuou o artista, que justifica a sua ausência dos palcos durante estes dois anos com a preparação do próximo álbum que espera lançar no mês de setembro e de um single apresentado há uma semana. 

Nenny

O segundo dia do festival foi aberto por Ary Duarte Kueka, que apresentou as música do seu álbum premiado “Sampadiu”. Ceuzany, com a sua voz potente e irreverência, fez Baia cantar temas como “Manuel d’ Novas” e “Regaço”, e  Gai Dias, Constantino Cardoso e Anísio Rodrigues. Mas surpresa maior foi a actuação de Nenny, jovem de origem cabo-verdiana que trouxe ritmos como R&B, com influência crioula. Julinho KSD encerrou o dia com hip hop em crioulo, português e inglês.  

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