Liliana Fonseca expõe a partir de hoje os seus quadros na Universidade Lusófona – Polo do Mindelo. Intitulada Mulheres: Novos rumos, novos desafios”, é a primeira vez que esta professora de Educação Física no Liceu Ludgero Lima mostra o seu trabalho de pintura em uma exposição-venda que pretende homenagear as mulheres neste mês de março.
A mostra é organizada pela Casa das Artes e terá 20 quadros assinadas por Liliana Fonseca, a maioria com 50/50 de dimensões, e vai estar patente até 14 de março. Segue-se uma sequência de exposições em diversos locais: Liceu Ludgero Lima, Aliança Francesa e Centro Cultural do Mindelo. Haverá ainda um cantinho dedicado à filha, sua companheira de pintura.
“Comecei a pintar alguns quadros e as pessoas gostaram. Então resolvi fazer estas exposições em homenagem a mulher, principalmente a mulher cabo-verdiana, neste mês de março”, informa Liliana, que atribui parte desta ousadia a Casa das Artes no Mindelo, onde aprimorou a sua técnica com o professor Ivan Gomes e ganhou confiança para publicitar o seu trabalho.
“Foi na Casa das Artes que aprendi a fazer os melhores traços e outros detalhes porque sou autodidata. Nunca tive formação de pintura, mas desde pequeno fazia os meus desenhos. O meu primeiro trabalho foi uma criança que pintei estava sentada na mesa com a minha irmã. Aos quatro anos fiz um perfil e fiquei com esta ideia. E até hoje continua a fazer os meus perfis.”
Mais recentemente, começou a fazer perfis em papel reciclado, que posteriormente divulgava no Facebook. “O feetback foi muito positivo. As pessoas começaram também a me enviar desenhos para reproduzir. Também recebi muitos incentivos das pessoas e decidi continuar.”
Esta amostra terá também um “cantinho” dedicado à filha de Liliana Fonseca, sua companheira de pintura. “A minha filha sempre me ajudou e também faz as suas pinturas. Juntas fazemos trabalhos para o seu quarto e outros. Foi neste sentido que decidi enquadrar o seu trabalho em ´Mulher em ponto pequeno”, um cantinho dedicado totalmente a minha filha.”
Professora de Educação Física e jogadora de basquetebol a pintura foi um desafio para Liliana, que teve de ganhar alguma suavidade para pegar no pincel, por isso o nome da exposição. Por outro lado, afirma, é um desafio expor aquilo que tem dentro de si para outras pessoas apreciarem. Liliana diz, no entanto, estar “muito satisfeita” com esta reviravolta e garante que o vipe para pintar surge de forma espontânea e em qualquer lugar.