O Presidente da República de Cabo Verde, também escritor e poeta, é o galardoado com o Prémio Literário Guerra Junqueiro – Lusofonia 2020, cuja cerimónia de entrega está marcada para a Cidade da Praia, a 27 de novembro.
De acordo com uma nota de imprensa distribuída pela Embaixada de Cabo Verde em Lisboa, citando a Presidente da Câmara Municipal da Freixo de Espada à Cinta (Portugal), a curadora do certame Avelina Ferra, “o prémio na lusofonia pretende ser um contributo para um movimento criador de uma união cultural lusófona e fazer da Literatura responsável por todos sermos cidadãos do mundo”.
O Prémio Literário Guerra Junqueiro, disse a mesma, é promovido no âmbito do FFIL – Freixo Festival Internacional de Literatura, que se realiza desde 2017 em Freixo de Espada à Cinta, com particular orgulho, segundo a afirmação da anfitriã do prémio Maria do Ceu Quintas. Isto por ter uma “ligação afetiva e efetiva ao património das Letras e da Cultura das palavras, cruzando-se de igual modo com todo o património construído por estórias, arte, memória e história das nossas comunidades na Diáspora”
A nota da Embaixada de Cabo-Verde em Lisboa dá conta ainda de que a cerimónia de entrega do prémio decorrerá na Biblioteca Nacional de Cabo Verde, com o apoio da Academia Cabo-Verdiana de Letras (ACL), da Sociedade Cabo-verdiana de Autores (SOCA) e o Instituto Camões.
Sabe-se ainda que o evento vai contar com a presença de Abraão Vicente, Ministro da Cultura de Cabo Verde, António Albuquerque Moniz, Embaixador de Portugal em Cabo Verde, a par de outras entidades governamentais, da diáspora e da Cultura cabo-verdiana. Daniel Spínola, Daniel Medina, Mariana Faria serão alguns dos intervenientes da sessão.
O Prémio Literário Guerra Junqueiro tem o nome do “patrono do evento e resgata um dos poetas que marcaram a formação dos poetas e escritores do Séc. XX”, refere Avelina Ferraz, curadora do Prémio, citada no documento a que tivemos acesso. Ferraz faz saber ainda que Guerra Junqueiro é “um poeta com uma voz limpa, densa e profunda, que provoca, agora, encontros e transformações”.
Instituído desde 2017 em Portugal, o primeiro prémio foi atribuído a Manuel Alegre, seguindo-se Nuno Júdice, em 2018, José Jorge Letria em 2019 e em 2020 foi entregue a Ana Luísa Amaral.
João A. do Rosário