Gilyto Semedo, fundador dos CVMA, deixou perceber num post no Facebook que Denis Graça estará a sofrer de “amnésia aguda”, na sequência da renúncia do cantor mindelense à sua nomeação para a categoria Melhor Kizomba dessa gala artística agendada para o dia 4 de Maio. Para suportar a sua crítica, Semedo partilha o vídeo de uma entrevista que Graça concedeu à RTP África em 2014, na qual fala da sua carreira e ligação ao grupo Splash e afirma que o Kizomba é um estilo musical criado em Cabo Verde. Uma declaração que, diga-se, acabou por “indignar” os angolanos na altura.
Essa publicação em nada foi inocente, pois Gilyto tenta dessa forma contrariar os argumentos agora usados por Denis Graça para rejeitar a sua indicação para a categoria “Melhor Kizomba”. É que Graça nega categoricamente o enquadramento do seu trabalho nesse género, como se pode depreender nesta notícia dada estampa hoje pelo Mindelinsite. Como fica evidente na peça, Denis Graça publicou uma mensagem no Facebook na qual lança fortes críticas aos métodos de selecção dos organizadores dos Cabo Verde Music Awards e levanta uma reflexão sobre o termo e a origem do Kizomba. Como diz, não se trata de um género musical, mas sim o resultado da junção e sintonia entre a música e a dança, porquanto não aceita que a sua música seja designada de Kizomba.
No seguimento dessa posição de Denis Graça, Gilyto Semedo resolveu dar uma força aos responsáveis dos CVMA. Após desejar uma “boa produção” à equipa liderada por Dilza Soulé e Zito Sequeira, bem como aos jurados, esse autor de “Stribilin” estimula-os a receber as críticas e a tirar o melhor proveito das mesmas. Adverte, no entanto, que nem tudo pode ser entendido como crítica. “Há críticas que não são críticas. São, sim, amnésia aguda”, diz Semedo, numa clara “indirecta” a Denis Graça, acrescentando que hoje está fora da organização dos CVMA, pelo que pode opinar quando algo não é feito da melhor forma e sem qualquer humildade ou intenção de beneficiar a todos.
