A 29. edição do Mindelact acontece de 3 a 11 de novembro e terá a presença inédita de uma produção sul-africana dirigida e interpretada por mulheres no palco 1. O festival de teatro deste ano decorre sob o lema “Edição Liberdade”, segundo a organização, para mostrar, “se preciso for”, que as artes performativas são uma ferramenta para a livre expressão, “sem amarras, preconceitos e medos”.
“Tem sido, pois, a pensar nesse mote, liberdade, que toda a programação está a ser preparada desde há muitos meses, numa espécie de pré-celebração do Centenário do Nascimento de Amílcar Cabral, que se comemora no próximo ano”, diz a direção do Mindelact, que promete grandes apostas cénicas nacionais e internacionais no palco 1.
Dos espectáculos já garantidos, o evento irá apresentar em estreia uma coprodução entre o Festival Mindelact e o Teatro da Garagem, de Lisboa, uma encenação de Carlos Pessoa da “versão” de Aimé Césaire do texto de Shakespeare “Tempestade”, a que o autor intitulou “Uma tempestade”. Já a encenadora Flávia Gusmão fechará o ciclo de cinco produções dedicadas à malograda activista cultural Samira Pereira. Um elenco de várias gerações irá interpretar “Bochizami”, com destaque para a premiada actriz cabo-verdiana Vitalina Varela, que irá actuar pela primeira vez no Mindelo.
Assegura ainda a direção do festival que Joana Craveiro e Sara Leitão Barros, duas mulheres do teatro contemporâneo em língua portuguesa, já confirmaram a sua participação no festival.
O palco 2 será totalmente dedicado aos artistas nacionais, que irão apresentar trabalhos cénicos construídos de, ou com a colaboração, do projecto Tri*Pé Três Ilhas Três Artes. “São espetáculos que serão alvo de vasta promoção junto de programadores de todo o mundo para que a sua internacionalização seja uma realidade, no curto e médio prazo”, enfatiza a organização, que continua a preparar o programa e pede ao público para estar preparado para mais uma “fantástica edição”.