Fattú Djakité distinguida no Zikomo Awards 2025 com troféu Best Inspirational Woman of the Year

A cantora e compositora Fattú Djakité, nascida na Guiné-Bissau e criada em Cabo Verde, foi distinguida no Zikomo Awards 2025 com o troféu Best Inspirational Woman of the Year, em Dar es Salaam, na Tanzânia. Em uma curta publicação na sua página oficial, a artista escreve que recebeu este prémio, mesmo à distância, a tocou profundamente. 

“Antes de tudo, agradeço a Deus, pela vida, pela força e pela missão que me confiou. Nada disto seria possível sem Ele a guiar cada passo, mesmo nos momentos em que o caminho parecia pesado”, afirma, aproveitando para agradecer à família, que considera a sua base e porto seguro. “Vocês conhecem as lutas por trás dos sorrisos, os silêncios por trás da coragem, e estiveram sempre lá”, pontua. 

Fattú Djakité não esqueceu os fãs e as pessoas que acreditam, que escutam e sentem com ela. “Este prémio também é vosso. Cada mensagem, cada partilha, cada palavra de apoio fez-me continuar. “Badja Tina” não foi apenas uma música. Foi um grito, uma verdade, uma ferida exposta – e ver que ela atravessou fronteiras e abriu portas não só para o mundo, mas para o meu continente africano, é uma honra imensa“, assegurou.

Para a artista, este reconhecimento vindo de África, através dos Zikomo Awards, tem um significado especial. É a prova, diz, que quando se fala com verdade, quando se usa a arte para curar, educar e inspirar, a mensagem chega onde precisa chegar. “Recebo este troféu com humildade, responsabilidade e ainda mais vontade de continuar. Que a minha voz continue a ser ponte, luz e força para outras mulheres, meninas e histórias que precisam ser ouvidas.”

Fattú Djakité é hoje uma referência incontornável da nova geração de músicos lusófonos. Cantora, compositora, artista visual e activista social, destacou-se desde cedo pelo seu talento e pela força da sua mensagem. O seu percurso artístico teve início em 2008, com a participação no programa Verão 2008, e ganhou destaque em 2012 ao conquistar o terceiro lugar no concurso Estrela Pop em Cabo Verde. Lançou o primeiro single em 2015, seguiu-se o álbum de estreia em 2017, produzido por Maurício Pacheco no Brasil, e consolidou uma carreira marcada pela autenticidade e inovação.

Fundou em 2019 a banda Azágua e representou Cabo Verde na Expo Dubai 2020, reforçando a sua projeção internacional. Em 2023, com o seu disco Praia-Bissau (lançado em 2022) venceu o troféu de Intérprete Feminina do Ano dos Cabo Verde Music Awards e entrou na lista das 100 personalidades lusófonas mais influentes pela plataforma Bantumen. É também uma voz ativa em causas sociais e uma ponte entre Guiné e Cabo Verde.

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