A decisão saiu de uma primeira reunião realizada no dia 28 de fevereiro, na sede do Clube Ribeira Bote e que contou com um número razoável de pessoas, de acordo com Ron “Lebrox” Santos, o mentor da iniciativa. Agora, diz, é trabalhar com afinco, eleger o mais rápido possível um corpo directivo do Grupo Carnavalesco da Ribeira Bote e reunir-se com a Liga Independente dos Grupos Oficiais do Carnaval de São Vicente (Ligoc), para formalizar a intensão de integrar o desfile oficial de 2024.
A ideia de resgatar o Grupo da Ribeira Bote surgiu de uma brincadeira. “Queria sentir o pulsar das pessoas, mas não esperava tanta repercussão. Fiz uma publicação no meu Facebook a questionar quem gostaria de ver o Grupo da Ribeira Bote no Carnaval 2024 e a resposta foi imediata, com muitas partilhas, mensagens e chamadas de pessoas que abraçaram a ideia. Dicidi então marcar esta primeira reunião para ouvir as pessoas. Apareceu muita gente que não esperava e todos estavam ansiosos e expectante, querendo resgatar e elevar o grupo, que desfilou, se não me falha a memória, em 2013.”
Na sequência, diz, estiveram com o advogado Armindo Gomes, que presidiu o grupo na altura em que Ribeira Bote estreou no Carnaval de São Vicente. “Armindo Gomes mostrou total disponibilidade em nos ajudar a criar um Corpo Directivo do Grupo da Ribeira Bote. Decidimos agendar um encontro com a Ligoc. Já enviamos um email e esperamos reunir já na próxima semana para formalizar a nossa intensão de integrar a Liga e participar do desfile em 2024. Estamos muito motivados e entusiasmados. Antes vamos realizar uma segunda reunião mais consistente, para eleger um núcleo para iniciar os contactos.”
Questionado sobre a adesão dos moradores da Ribeira Bote a esta iniciativa, Lebrox admite que esperava uma maior participação. Admite, no entanto, que houve um contratempo com a mudança de horário, que fez com que algumas pessoas desistissem, por já terem outros compromissos. “Mesmo assim, tivemos uma boa presença e foram lançadas muitas ideias, que estão a ser amadurecidas e trabalhadas. Outro aspecto positivo é que estamos a fazer um trabalho colectivo, ou seja, apesar da iniciativa ter sido minha, espero agregar o maior número possível de pessoas. Queremos fazer um trabalho conjunto para dar um brilho à nossa zona”, diz o entrevistado do Mindelinsite, que se mostra entusiasmado com o feedback que tem recebido de pessoas de dentro e fora do país.
A sua maior alegria é a abertura que sentiu da parte dos artistas da zona, que já se disponibilizaram para trabalhar para o grupo. É que, defende Lebrox, o propósito é criar um grupo carnavalesco com moradores e artistas da zona. Mas, afirma, estão abertos para receber pessoas de outros bairros que queiram dar o seu contributo para elevar e dar mais brilho à “Zona Libertada”.