“Cesária Évora” foi ontem distinguido com o prémio de Melhor Documentário em longa-metragem na 12.ª edição dos Prémios Sophia, evento que aconteceu no Casino Estoril em Cascais em Portugal e que foi organizado pela Academia Portuguesa de Cinema. A novidade foi partilhada pelo produtor musical José “Djo” da Silva, na sua página no facebook.
Ao subir ao palco, a realizadora Ana Sofia Fonseca, que estava muito emocionada, afirmou que iria dizer apenas uma palavra: “Obrigada”. Esta aproveitou para agradecer a Academia Portuguesa de Cinema, os Prémios Sophia e todos os que a acompanharam e ajudar a fazer este filme, que conta a história da “diva dos pés descalços”, o impacto da doença bipolar de Cesária Évora, mas também mostra como uma mulher negra e pobre deu a volta ao destino.
O filme tem imagens de arquivo, gravações inéditas e testemunhos de pessoas que privaram com Cize, como era conhecida, desde os tempos da pobreza ao reconhecimento mundial depois dos 50 anos, após uma “explosão” de sucesso, que começou a França e que a levou a dar a volta ao mundo.
Foram ainda premiados “Alma Viva”, que recebe o galardão de Melhor Filme, Melhor Argumento Original, Melhor Caracterização e Efeitos especiais e a Melhor Direção de Fotografia. O desempenho da atriz Lua Michel valeu-lhe o prémio de Melhor Atriz Principal e Ana Padrão de Melhor Atriz Secundária.
Tiago Guedes ganhou o trofeu de Melhor Realizador com “Restos do Vento”, filme que deu ao ator Albano Jerónimo o prémio para Melhor Ator Principal e a Nuno Lopes o galardão para Melhor Ator Secundário. “Ice Merchants”, de João Gonzalez, foi premiado como Melhor Curta-metragem de animação. O prémio Sophia de Melhor série ou telefilme foi atribuído a “Causa Própria”, de Edgar Medina e Rui Cardoso Martins, realizada por João Nuno Pinto.
O documentário Cesária Évora, refira-se, já tinha sido distinguido com o prémio do público no Festival Indie Lisboa 2022, um dos mais importantes festivais independentes de cinema realizado em Portugal.