O festival Oiá, que acontece até o dia 13 de Outubro, este ano homenageia os vídeos clubes de São Vicente e que permitiram o início da construção imagética do país. O objectivo principal, de acordo com a organização, é dar visibilidade à invisibilidade da imagética do audiovisual em Cabo Verde.
“Mantemos a proposta inicial porque muitas pessoas ainda não sabem o que está a ser feito no país. O nosso desafio é criar uma motivação para esta malta que está a fazer alguma coisa”, frisou Tambla Almeida, destacando o facto deste festival promover essencialmente a exibição de filmes nacionais, mas também permitir que trabalhos independentes em outros países se mostrem e criem momentos de reflexão para as próximas gerações.
Neste sentido, o festival está a trazer novas formações, em especial duas importantes oficinas que, acredita Tambla Almeida, vão fazer a diferença, pelo menos na ilha de São Vicente. A primeira oficina é de gravura que, explica este responsável, é uma técnica milenar de construção de imagem, através da madeira (Xilografia), com o artista e educador Bento Oliveira.
A segunda oficina, Cinema na Palma da Mão, que vai ser realizada através da colaboração internacional e que vai explorar os mídias móveis para a construção de filmes. A produção áudio visual vai estar nas mãos de Edson Silva, Celeste Fortes, Elder Doca, DNA produções, Abel, Clara Andrade. Um dos filmes ser projectado é “Bidon”, na Baía das Gatas.
“Vamos ter cinema também nas localidades de São Pedro, Salamansa, Chã de Alecrim, Ribeira de Craquinha, Ribeira Bote, Fonte Felipe, entre outros. Como é um projecto educativo, queremos chamar atenção de Cabo Verde. Entendemos que educação não é algo só da escola, mas de todos”, pontua.
O festival Oiá, refira-se, tem parceria com o projecto Fundação Ciência, Educação e Investigação (FCAEI), através de uma articulação do cinema audiovisual com o ensino superior e a educação artística em Cabo Verde.
Lidiane Sales (Estagiária)