Estão em São Vicente uma missão do Conselho Internacional de Música – CIAM, e do Comité Executivo do Comité Regional Africano da CISAC – CECAF, para uma formação em direitos de autores, destinada aos músicos e autores cabo-verdianos. A ideia é privilegiar a formação dos músicos e autores na área de direitos autorais, bem como estreitar as relações com alguns dos Embaixadores dos Direitos do Autor no Mundo, que também participam deste encontro.
Esta é a primeira vez que o Continente Africano recebe uma reunião CIAM/CECAF, evento considerado o ponto alto da missão e que é, segundo a presidente da Sociedade Cabo-verdiana de Música (SCM), Solange Cesarovna, motivo de orgulho para todos e muito relevante para Cabo Verde, enquanto país anfitrião.
Para a presidente da SCM, este é um momento “histórico e único” para o país, que ficará perpetuado na memória dos músicos, autores, compositores, produtores musicais, investigadores na área da música e de todos os que integram o sector musical no país. “Devemos reflectir a própria importância da protecção dos direitos de autor para a economia da cultura e para o desenvolvimento de uma indústria criativa, de forma correta e justa, quando o dono da criação é remunerado, portanto, o objectivo é tornar cada vez maior o conhecimento a volta dos direitos de autor”, explica Solange Cesarovna.
O Presidente do Conselho Internacional da CIAM, Eddie Schwartz, falou, também, do importante trabalha de protecção e fortalecimento dos direitos de autores que a CIAM tem feito a nível internacional. “Estamos aqui para sermos os vossos parceiros, irmãos da música e reiteramos o nosso compromisso em promover a protecção efectiva e a gestão eficaz dos direitos autorais cabo-verdianos”, afirmou.
Já para o vice-presidente da ALCAM, Juca Novaes, este é um momento de partilha dedicado a Cabo Verde e uma oportunidade de trazer algumas expressões e palavras novas aos artistas e criadores, com as quais não estão familiarizados, e ajuda-los a traçar novas estratégias para a divulgação da sua música pelo mundo.
“A importância desse evento é que estamos a trazer para Cabo Verde essas discussões na busca de soluções para os problemas que surgem, não apenas para os artistas de Cabo Verde, mas para os artistas de todo o mundo. E o nosso objectivo é que a música de Cabo Verde, que é tão conhecida fora de Cabo Verde, possa cada vez mais se inserir e estar presente em todo o universo da música.”
No encontro esteve presente ainda o representante da Aliança Pan Africana dos Compositores e letristas, que felicitou Cabo Verde por ser a anfitriã deste encontro e pediu um minuto de silêncio em memória de Cesária Évora. O evento foi ainda “prestigiado” com a presença de vários artistas e criadores da ilha do Monte Cara, entre eles, um número notável de jovens produtores da cultura hip-hop.
Natalina Andrade (estagiária)