Campus de verão Aminga: Professores impressionados com “talento artístico” dos alunos

Os professores Robert Smith, da Carolina do Norte nos Estados Unidos, e Jose Bayro, da Bolívia, que estão a ministrar a disciplina de artes no campus de verão Aminga, cujas actividades decorrem até domingo, 17, na Escola Salesiana em São Vicente, estão impressionados com a aptidão e a qualidade apresentado por alguns alunos. Todos os trabalhos vão ser compilados em um livro e  podem ser vistos na exposição patente na cerimónia de encerramento da segunda edição deste evento. 

Ao Mindelinsite, Robert Smith assumiu estar muito feliz e honrado por participar neste projecto. “Sinto que os alunos também estão felizes com os conhecimentos que estão a receber. A nossa intenção é apresentar-lhes o mundo da arte, com a esperança de que vão utilizar aquilo que aprenderem para interpretar o mundo. Estamos a trabalhar com lápis de cor, de cera e aquarela. Mas o nosso projecto principal é fazer um trabalho de auto-retrato destes alunos, que vai ser exposto na cerimónia de encerramento. Também iremos fazer um livro com todos os exercícios que fizeram aqui”

Para Robert, esta experiência está a ser incrível e sente-se particularmente inspirado pelo empenho e qualidade destes alunos, particularmente por um deles que, afirma, conseguiu criar um trabalho muito forte, tendo inclusive mostrado interesse em adquirir a obra.

Igual entendimento tem Jose Bayro, para quem esta experiência é importante, numa altura em que o mundo busca a arte periférica. “É preciso ensinar aos alunos que a arte está em todo o lugar e não apenas nas grandes capitais e nem apenas com os famosos maestros. Fazer arte maravilhoso não demanda grandes materiais e nem grandes tintas”, enfatiza este artista, cujo trabalho pode ser conhecido através do site www.josebayro.com e que diz ter ficado impressionado e inspirado com os padrões de tecidos que encontrou na Praça Estrela.

Alunos durante aula de arte

Outro aspecto destacado por Jose Bayro é o facto deste projecto partir de uma iniciativa particular de alguns desportistas, que querem fazer algo por puro entusiasmo, sem a chancela governamental ou outra. Sobre este particular, revela que, junto com Robert, possui uma escola de arte privada no México, que segue a mesma filosofia e tem um convênio com um centro comercial local em que os alunos têm uma experiencia completa, isto é, desenham, pintam, expõem e vendem as suas obras. 

Do lado do projecto Aminga, a mentora e jogadora de voleibol Zina Gomes explica que os ensinos da arte e do andebol são as grandes novidades da segunda edição deste campus de verão. Em relação ao andebol, que ficou de fora no ano passado por falta de recursos, é uma forma de incluir a irmã Bety Gomes nessa dinâmica desportiva, ela que já foi guarda-redes da seleção nacional da modalidade.

Já na parte educacional, a arte entra como uma actividade de equipa, que é uma forma dos alunos se conhecerem melhor. “Temos alunos de várias escolas secundárias de São Vicente. É bom criar o sentido de equipa, de comunidade e de convivência entre os estudantes”, considera Zina Gomes, evidenciando que o campus não tem a pretensão de formar artistas, mas sim ajudar a desenvolver as habilidades artísticas dos alunos. Enfatiza, no entanto, que os professores estão impressionados com alguns talentos encontrados.

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