A Academia Livre de Artes Integradas do Mindelo, ALAIM, recebe de 19 a 23 do corrente mês a MOSTRA de Artistas Residentes Procultura Cabo Verde (M.A.R), uma mostra de criações artísticas nas áreas de dança, cinema, teatro e musica, promovida pela Fundação Calouste Gulbenkian, com artistas participaram no Programa de Mobilidade dos Países Africanos de Língua Portuguesa e Timor-Leste.
Esta mostra ocorre no âmbito do Projecto Procultura, financiada pela União Europeia, co-financiada e gerida pelo Camões I.P e pela Fundação Calouste Gulbenkian. “A programação desta primeira edição do M.A.R Procultura 2022 teve a preocupada de definir uma lógica em que as criações pudessem estar eqüitativamente agendada pelos vários dias, em termos de representatividade por países, disciplinas e géneros,” lê-se no dossiê enviado à imprensa pela responsável de comunicação da ALAIM.
As criações individuais serão apresentadas nesta academia a um ritmo de 3/4 espetáculos por noite. “As entradas serão gratuitas e o último dia está integralmente dedicado a uma sessão pública com todos os artistas seleccionados, a realizar na praça Dom Luís, no centro do Mindelo”, acrescenta, realçando que os artistas fora seleccionados entre conjuntos que participaram nas residências do programa de mobilidade Procultura, nos último dois anos, englobando os Palops e Timor-Leste.
Destaque para a presença do angolano Noé João, detentor do curso de escrita criativa pela “Escrever Escrever” e atualmente a trabalhar como guionista. Participou na escrita da telenovela angolana “Jikulumessu” , que foi nomeada para os Emmys na categoria de melhor novela, realizou uma residência artística na Cia. de Teatro Griot, como assistente de encenação, na peça “Uma Dança das Florestas” , de Wole Soyinka com a encenação de Zia Soares. Traz à SV “Cinzas do Vulto”, uma peça teatral que conta a história de um bailarino que está sempre a rodopiar , onde há música.
Ainda: Música com Wilson da Silva, que apresenta “Os Países do meu País”, uma recriação de ritmos Bijagós, Felupe, Mandinga, Tina e Gumbé num espetáculo performático onde a voz, o djembê e as memórias se misturam num auto-retrato de um músico através do seu país, Guiné Bissau; Mano Preto com “Nha fado, meu destino”, um projeto de dança contemporânea com enfoque nos géneros musicais morna e fado, destacando duas divas Cesária Évora e Amália Rodrigues, entre outros.
Do programa constam ainda uma roda de conversa com os artistas residentes e a comunidade artística de S. Vicente sobre os processos de criação em residência desenvolvidos, até ao resultado apresentado na Mostra M.A.R , com mediação do director artístico do Centro Cultural do Mindelo, António Tavares.
A responsável de comunicação da M.A.R, Daniela Santos, realça que o Academia Livre de Artes Integradas do Mindelo foi escolhida pela Fundação Calouse de Gulbenkian para fazer a produção executiva deste evento. Vai ainda receber os artistas de Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique e de Timor-Leste, que vão permanecer na ilha de São Vicente cerca de uma semana.