Mindelo recebe a partir de hoje mais uma edição da feira do livro, enquadrado nas comemorações do Dia do Nacional da Cultura e das Comunidades, mas também no Festival Mindelact, associando a literatura ao teatro. O acto ficou, entretanto, marcado pela ausência do Ministro da Cultura, que deveria presidir a abertura da feira.
Sob o lema “Pela Cultura que nos Une”, a feira do livro de São Vicente apresenta mais de dois mil títulos de áreas distintas, desde literatura infanto-juvenil, livros técnicos e científicos, obras específicas e literatura cabo-verdiana. “A finalidade desta feira é o de promover o livro e também os escritores cabo-verdianos”, declarou à imprensa presidente da Biblioteca Nacional, Matilde Santos.
A expectativa é também de promover os autores africanos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e também estrangeiros. Questionada sobre a dificuldade de se encontrar alguns livros no mercado nacional, a presidente da BN admite alguma dificuldade em trazer obras a preços acessíveis, uma lacuna que, entretanto, o MCIC e a BN têm estado a trabalhar.
“Temos tido muito cuidado, sempre que realizamos feiras, de identificar as obras muito procuradas e que não existem em Cabo Verde ou já estão esgotadas. Temos conseguido, através de parcerias, reeditar os clássicos cabo-verdianos e também obras de autores que estão esgotados e fazer com que chegam ao mais baixo custo às pessoas”, assegura Matilde Santos.
A título de exemplo, esta responsável cita a apresentação ontem de Noite de Vento, de António Aurélio Gonçalves, a cargo da filha Fátima Gonçalves, mas também de “Famintos” e “Eugénio Tavares”. “Temos ainda uma coleção de clássicos e de alguns que se encontram esgotados que já estão na gráfica para serem editadas já nos próximos meses, casos de Chiquinho e Chuva Brava e outras obras em carteira que estão tendo imensa procura”.
Esta feira do livro é organizada pelo Instituto da Biblioteca Nacional de Cabo Verde e decorre no Centro Cultural do Mindelo até 15 de novembro.