O presidente da Câmara Municipal de São Vicente fez hoje um “balanço positivo” do Festival Baía das Gatas, que aconteceu de 11 a 13 deste mês e homenageou o falecido cantor Bana, e anunciou que já iniciaram os contactos para a edição 2024, ano que assinala os 40 anos deste certame. Augusto Neves garantiu que estão a trabalhar, antecipadamente, para que no próximo ano o evento seja melhor e diferente, em suma, especial.
“Achamos que hoje, duas semanas depois do festival, era o momento ideal para fazer uma reflexão e poder agradecer a todos os que participaram no evento. A primeira semana foi de desmontagem e de contactos, e foi muito curta por causa do feriado. Nunca é tarde para agradecer. Havia muito coisa para refletir. As coisas correram bem, mas há ainda muito por fazer”, declarou o edil mindelense.
Ás vésperas dos 40 anos do festival da Baía, A. Neves defende que uma reflexão era precisa, como também era importante reunir o pessoal para começar a preparar a próxima edição. “São poucos os festivais no mundo que chegam aos 40 anos. Temos de nos sentir orgulhosos e trabalhar porque a próxima edição terá de ser melhor e diferente. Iremos tudo fazer para que seja mais forte.”
Aliás, é com este propósito, admite o presidente, que a CMSV já começou a dialogar com os diferentes intervenientes envolvidos na feitura do festival. “Vai ser uma comemoração ímpar porque vamos celebrar os 40 anos do Festival da Baía. Temos de potencializar o nosso festival”, sublinhou, apelando ao envolvimento de todos para que a próxima edição seja ao nível de S. Vicente.
“Estamos a pensar o festival não apenas em termos musicais, embora saibamos que a parte artística seja fundamental. Mas estamos a pensar, fundamentalmente, em termos da organização. A cada ano tentamos organizar melhor o festival, da cidade do Mindelo à Baía das Gatas. Teremos muitas surpresas.”
Confrontado com as críticas de muitas pessoas, que consideraram que este ano o festival da Baía foi essencialmente direccionado para os mais jovens, o presidente garantiu que sentiu algo diferente. Admitiu, entretanto, que há muito que se vinha dizendo que os jovens não tinham espaço no “Baía”.
“É difícil agradar a todos. A nível artístico, tentamos fazer um quadro que pudesse agradar pelo menos a maior parte dos presentes. Estamos a trabalhar para que os próximos anos sejam melhores”, referiu, assumindo que actualmente é muito difícil montar um cartaz devido aos muitos festivais.