Os doentes que estavam em isolamento e/ou quarentena no Centro de Estágio de São Vicente foram transferidos para as Aldeias SOS, revelou o Delegado de Saúde. Elísio Silva explicou que , após mais de um ano, era altura de fazer a entrega do espaço, Ainda esta semana espera deslocar também o Centro de Diagnóstico, que vinha funcionando no Centro de Estágio, para um espaço no novo Centro de Saúde da ilha, na Av. de Holanda.
Segundo este responsável, todos as pessoas em isolamento e quarentena no Centro de Estágio já foram transferidas, mas falta ainda o Centro de Diagnóstico, que é onde se realizam os testes rápidos e de PCRs. “As pessoas em isolamento e quarentena foram para as Aldeias SOS, enquanto que o Centro de Diagnóstico vai ser localizado no novo Centro de Saúde, em Monte Sossego. Trata-se de um local muito bem preparado para se realizar estes exames”, detalhou.
Quanto ao retrato epidemiológico de São Vicente, Elísio Silva garantiu que há apenas 1 doente internado no Hospital Baptista de Sousa, 4 em isolamento e 48 no domicílio. “A situação na ilha está muito bem controlada. Está estável, mas a população sabe que temos de manter as medidas sanitárias: lavagem das mãos, uso frequente de máscaras e distanciamento social. Todo o cuidado é pouco”, advertiu.
Silva reconhece que o número de casos novos tem vindo a diminuir, mas chama atenção para a situação de outros países, principalmente para a entrada de novas variantes em países como Portugal, que tem voos praticamente todos os dias para Praia e São Vicente. “Estamos em perigo porque a qualquer momento pode entrar a variante Delta, que é a mais perigosa. Por isso, estamos com cuidados especiais. Neste momento, para entrar em são Vicente, as pessoas têm de ter um teste negativo, independentemente de estarem ou não vacinadas”, assegura.
Relativamente à vacinação em curso, o DS garante que decorre em ritmo elevado, tendo sido contemplado já mais de 22 mil pessoas com a primeira dose e cerca de três mil com as doses completas. “Acho que até agosto teremos mais de 60% da população elegível vacinada. Isto vai contribuir para que não haja um maior foco de infecção na ilha”, indica, destacando o trabalho de vacinação em todos os Centros de Saúde e também de um grupo ambulante que está a inocular pessoas impossibilitadas de deslocar.
Com o aumento das temperaturas, Silva esclarece que se vai continuar a trabalhar na sensibilização da população, junto com o IGAE, Protecção Civil, Forças Armadas, Polícia Nacional e outras instituições. Também o Ministério do Mar em relação às praias da ilha. “As medidas são as mesmas desde o início da pandemia, mas a população tem de continuar a colaborar. Nestes dias temos visto muita aglomeração de pessoas nas praias. Isto não pode acontecer porque um único infectado pode transmitir a um grupo de amigo numa praia em um momento de lazer”, finaliza.