Cabo Verde volta a estar em situação de contingência a partir de hoje, dia 28 de dezembro, até 20 de janeiro, devido ao aumento acelerado dos casos de Covid-19 no país, com o registo de mais 500 infeções na última semana, embora sem nenhuma presença da variante Ómicron. A decisão foi anunciada esta manhã por Ulisses Correia e Silva e, conforme o Primeiro-ministro, visa combater a propagação rápida do vírus no território nacional, proteger os empregos, o bem-estar da população e a própria economia nacional.
Deste modo, o país sai da situação de alerta e passa para a de contingência, o que implica o reforço de medidas restritivas, até já conhecidas da sociedade cabo-verdiana. No geral, a realização de certos eventos pode acontecer, mas de forma muito limitada. Já as festividades de celebração da passagem de ano na via pública ficam totalmente proibidas, o que implica o cancelamento do espectáculo na Rua de Lisboa, que a Câmara de S. Vicente pretendia realizar.
Como elencou Ulisses Correia e Silva, casamentos, baptizados, festas ou eventos de celebração do ano novo, com mais de 40 participantes, só serão autorizados em locais confinados, mediante apresentação obrigatória de testes PCR ou Antígeno negativo válido, além de ser necessário o certificado de vacinação ou de recuperação da doença. Convívios em casas particulares, acrescenta o Chefe do Governo, só em contexto familiar e com o máximo de vinte indivíduos.
Segundo Correia e Silva, as actividades que exigem a apresentação de testes e certificados só serão permitidas em espaços que possibilitem a delimitação do evento e o rigoroso controlo de entrada dos participantes. Os promotores e organizadores devem exigir os comprovativos e a própria autenticidade dos mesmos, sob pena de verem os seus eventos encerrados.
Restaurantes, lounge, discotecas, bares podem funcionar a partir do dia 2 de janeiro, mas com medidas claras e horários definidos para os dias de semana, sábados e vésperas de feriados. A apresentação dos certificados continua a ser o cartão necessário para o acesso.
O uso de máscaras volta a ser obrigatório na via pública, assim que sair uma resolução, cuja publicação deve acontecer ainda hoje. Até o momento, assegura Ulisses Correia e Silva, não foi registado nenhuma infeção com a variante Ómicron em Cabo Verde. O Chefe do Governo enalteceu a taxa de vacinação no país e apelou as pessoas a tomarem a dose de reforço a partir dos 40 anos de idade e os adolescentes para continuarem a procurar os postos de saúde para receberem a sua vacina.
