O Cruzeiros do Norte colocou ontem no asfalto do Mindelo o prometido assalto carnavalesco para comemorar o dia nacional da cultura e ao mesmo tempo homenagear a equipa dos Tubarões-Azuis pelo inédito apuramento para o Mundial-2026. O desfile ficou aquém dos 500 foliões estimados, mas Jailson Juff mostrou-se satisfeito com a moldura humana que assistiu e acompanhou o grupo na trajetória entre a praça Don Luiz e a sede do CNAD, na Praça Nova.
“Devido a falta de traje dos figurantes não conseguimos atingir a meta, mas acabamos por mobilizar uma moldura humana interessante”, comenta o presidente do Cruzeiros, para quem esse assalto serviu de preparativo para o desfile de 2026, lembrando que até ao momento o CN é o único grupo com presença garantida na edição do próximo ano.
Para o Mestre-sala do CN, o assalto foi “muito positivo”. “Gostei da vibe, a presença das pessoas prova que o Carnaval está no nosso sangue”, desabafou Cady.
Opinião reforçada pela Porta-bandeira do grupo, que confessou ter sentido aquela emoção típica da festa do Rei Momo. “Este arranque é um bom presságio para o Carnaval 2026. Estaremos na morada com o mesmo glamour e energia, com ou sem a presença dos outros grupos”, assegura Laurinda Santos.
Voltar a sambar nas ruas do Mindelo soltou o bichinho do Carnaval igualmente nas jovens passistas Eliana Delgado, Bruna Delgado e Yasmine Fonseca. A primeira afirma que o assalto foi um retorno ao desfile vencedor do Cruzeiros do Norte no Carnaval neste ano. “Adorei este momento, fiquei toda arrepiada com esta energia. Isto prova que o Carnaval não pode morrer – é a nossa maior expressão cultural”, diz Eliana.
Bruna Delgado reforça que o desfile foi “maravilhoso” e deixou claro que o Cruzeiros estará no sambódromo em 2026 com ou sem concurso oficial. Yasmine Fonseca acha que os outros grémios ainda têm tempo para mudarem a sua posição, mas deixa claro que o show do Cruzeiros não vai depender dos outros. “Vamos trazer a nossa vibe de sempre!”