A Universidade Lusófona de Cabo Verde (ULCV) e a Escola Técnica de Formação em Saúde e Educação (MACV) rubricaram esta terça-feira um protocolo que vai permitir aos jovens que concluíram os cursos técnicos profissionais na instituição continuarem a sua formação superior. O protocolo será implementado este ano lectivo e permite ainda aos alunos encaminhados pelo MACV para a ULCV beneficiarem de uma redução do valor da propina.
Em representação da MACV, Ednilson Gomes destacou o objectivo traçado pela instituição de formar com qualidade, colocando os jovens no centro da atenção, motivo aliás por detrás deste protocolo com a ULCV. “Abrimos as portas desde 2015 e o primeiro propósito de colocar técnicos profissionais no mercado foi alcançado. Mas pensamos que isso não é suficiente. Queremos dar continuidade a formação dos nossos alunos”, declarou, realçando o “casamento perfeito” entre o objectivo da MACV e da ULCV que vai permitir aos jovens de alcançar a formação superior e, no futuro, estar em pé de igualdade com outros técnicos superiores de nível mundial.
Para o Reitor da ULCV, a assinatura deste protocolo foi um dos primeiros passos da sua gestão um mês após a sua posse e vai ao encontro da sua missão de trabalhar para ampliar a missão de transformar a universidade em uma instituição charneira como foi no passado. Carlos Delgado lembrou que a UL faz parte de uma rede de instituições universidades espalhadas pelos quatro cantos do mundo e, pela amplitude da MACV, a parceria é para manter.
“A MACV já colocou mais de mil pessoas no mercado, enquanto técnicos profissionais. São pessoas que têm agora oportunidade de concluírem uma formação superior. Vamos saber aproveitar isso. Estamos a apostar na qualidade académica, no rigor científico e na autoridade académica. São três vertentes importantes no desenvolvimento de qualquer instituição universitária”, frisou o reitor, que se mostrou também satisfeito por a ULCV estar também a abrir os seus horizontes a nível internacional.
Sobre este particular, anunciou possíveis parceiras com a Universidade Diop de Dacar, mas também com instituições de Timor-Leste e Guiné Equatorial. Em conjunto com a MACV, prossegue, a ULCV vai estar em S. Tomé e Príncipe e na Guiné Bissau, embora com este último já dispõe de uma filial. “Assim vamos alargando a nossa universidade, com uma diversidade de ofertas formativas”, acrescentou Carlos Delgado.
O reitor garantiu ainda que, por opção, este ano a ULCV não abriu o primeiro ano, mas estão a trabalhar para dar um “safanão” na instituição. Apesar disso, vai iniciar o ano lectivo sem constrangimentos no dia 04 de outubro. Enquanto isso, segundo Carlos Delgado, está a encontrar-se com os presidentes das Camaras Municipais de Santo Antão, S. Nicolau, Sal e Santiago tendo em vista a assinatura de protocolos, com governantes e outros parceiros. Tudo isso para que a ULCV se transforme em uma instituição forte, com autoridade científica, qualidade e credibilidade académica.
O protocolo terá duração de um ano, com possibilidade de renovação se não for denunciada pelas partes. Este traduz-se em condições preferenciais aos formandos dos cursos da MACV, com destaque para uma redução de propina de 25% do valor praticado normalmente pela Universidade Lusófona. Este prevê ainda que, em cada 100 candidaturas válidas admitidas, a ULCV concederá uma bolsa aos alunos enviados pela MACV.