A terceira bomba de captação de água da Electra deverá entrar em fase de testes esta quarta-feira, 20, aumentando assim a capacidade de produção na ilha de São Vicente, depois de ontem a empresa ter anunciado uma produção de 325 toneladas por hora. A informação foi avançada pela porta-voz do Gabinete de Crise e coincidiu com a divulgação pela Electra de um quadro experimental de distribuição de água na ilha, entre os dias 19 a 28 de agosto.
Segundo Vitória Veríssimo, foram realizados testes durante a madrugada na terceira bomba de captação de água, que já está optimizada.Alertou entretanto para possíveis constrangimentos, tendo em conta que, na sequência das fortes chuvas de 11 de agosto, várias condutas principais e ramais domiciliárias ficaram expostas e danificadas, comprometendo parte da rede de distribuição.
“Os reservatórios da Electra já estão limpos e foram realizados testes para aferir a qualidade da água, que começa a ser distribuída esta quinta-feira. Mas, independentemente disso, continuamos a fazer a distribuição nas localidades e serviços essenciais, nomeadamente no hospital, na cadeia civil e nos centros onde estão pessoas que precisam de água para funcionar”, informou.
Esta revelou ainda que a Câmara de São Vicente, através do seu sistema de distribuição, abasteceu as localidades de São Pedro, Calhau e Norte de Baía, enquanto a Proteção Civil cobriu, com camiões, as zonas de Covada de Bruxa, Chã d’ Vital e Pedra Rolada. Relativamente à limpeza, de acordo com Vitória Veríssimo, as equipas continuam no terreno. “Hoje vamos concentrar Avenida 12 de Setembro e Rua de Coco, tendo em conta que já chegaram na ilha os equipamentos de proteção individual.”
Estas vão, especificamente, limpar o canal de drenagem que, disse a delegada do SNPCB e porta-voz do Gabinete de Crise, requer equipamento próprio. Paralelamente, as equipas de avaliação de risco vão continuar a percorrer as zonas. “Neste momento temos vários grupos, ongs e associações no terreno a quem queremos agradecer. Igualmente aos nossos parceiros nacionais e internacionais e grupos espontâneos da sociedade civil que se organizaram para apoiar e prestar assistência,” destacou.
Sob a responsabilidade do Gabinete de Crise continuam as pessoas alojadas nos centros de abrigo, tendo em conta a previsão de novas chuvas.