A TACV Cabo Verde Airlines vai retomar a partir de amanhã, quinta-feira, as ligações aéreas internacionais com a aeronave D4-CCI, após concluir o processo de certificação junto da European Union Aviation Safety (AESA, sigla em inglês). Com isso, a companhia voltou a integrar a lista de Operador de País Terceiro autorizado a operar na Europa.
Duas semanas após a exclusão da Cabo Verde Airlines, nome comercial da Transportes Aéreos de Cabo Verde, voltou a integrar a listagem da AESA das autorizações de Operador de País Terceiro (TCO, sigla igualmente em inglês), com o AOC número CV-01/COA e o código TCO CPV-0001, indica a agência de notícias Lusa. Com isso, as operações de e para Lisboa podem ser efectuadas com a referida aeronave, agora certificada e que deixou de voar para Portugal desde o dia 07 de julho.
Por causa da suspensão devido a não renovação da autorização emitida anteriormente em 2016, a companhia teve de recorrer a um aparelho fretado para transportar os passageiros, que ficaram retidos tanto em Cabo Verde como em Portugal. Em comunicado, a TACV faz questão de esclarecer que “cumpriu todos os requisitos de protecção dos passageiros, a quem aproveita para agradecer a compreensão e colaboração. Estes agradecimentos são extensivos aos agentes de viagens”.
Já a agência cabo-verdiana Inforpress revela que a certificação do aparelho Boeing 737-700, de matrícula D4-CCI, foi concluída junto da Agência de Aviação Civil a 08 de Maio último e o processo de certificação junto das entidades estrangeiras iniciou-se a 13 de maio.
Esta recorda ainda que, na semana passada, a ministra da Presidência do Conselho de Ministros e dos Assuntos Parlamentares admitiu que a companhia viu suspenso o seu Certificado de Operador Aéreo e foi proibido de sobrevoar o espaço aéreo europeu. Filomena Gonçalves alegou na altura que a certificação implica “avultadas despesas”, lembrando que se está em presença de uma companhia aérea que está em processo de reinício da retoma.
A TACV, refira-se, opera desde março um Boeing 737-700 da operadora angolana TAAG, de matrícula D4-CCI, cedido em ‘wet leasing’, regime contratual em que uma companhia aérea disponibiliza o avião, a tripulação, garante a manutenção e suporta o seguro do avião, recebendo o pagamento pelas horas operadas por parte da nova operadora, neste caso a TACV.
A angolana TAAG também integra a lista atualizada com companhias de todo o mundo fora do espaço da União Europeia com licença TCO da AESA, conforme documentação consultada pela Lusa.
