O presidente do movimento Sokols conseguiu entregar esta tarde o documento com as assinaturas de quase 2000 pessoas dentro e fora do país que estão a exigir a reposição dos voos da Cabo Verde Airlines para o aeroporto Cesária Évora. Salvador Mascarenhas aproveitou a presença do Primeiro-ministro no arranque da construção da Data Center do Mindelo para fazer a petição chegar às mãos de Ulisses Correia e Silva, através do chefe do Protocolo.
Para esse activista social, o Sokols já cumpriu a sua missão, mas o mais importante é a resposta que o Executivo vai dar a essa exigência, que foi expressa numa manifestação popular em frente ao aeroporto internacional da ilha de S. Vicente. “Gostaríamos que o Governo respondesse de forma favorável aos cidadãos – e não ao Sokols – e deixar de dizer que não tem responsabilidade nessa matéria. É óbvio que tem porque o Governo é para governar o país, caso contrário é um desgoverno”, comenta Mascarenhas, relembrando que a ausência da CV Airlines no AICE está a ter graves reflexos na economia de S. Vicente e de Santo Antão, ilha onde os operadores turísticos já alertaram para a quebra de movimento por causa do preço dos voos.
Para Salvador Mascarenhas, o facto de a TAP ter anunciado mais uma promoção nas ligações de Lisboa com Praia, Sal e Boa Vista, e deixar S. Vicente de fora, é ilustrativo do abuso que essa companhia anda a fazer com o mercado mindelense, onde não tem nenhuma concorrência. Por causa dessa situação, adverte Mascarenhas, empresas podem fechar as portas e engrossar a taxa de desemprego em S. Vicente. E, diz, se o Governo não agir agora, mais tarde pode ser tarde demais.
Este estado de coisas, realça Salvador Mascarenhas, vem demonstrar que é preciso arrancar com a Terceira República, neste caso a Regionalização Política das ilhas, para que cada uma possa pensar e dinamizar o seu próprio desenvolvimento. “E todos juntos formarmos um Cabo Verde mais desenvolvido.”
KzB
