Situação dos bombeiros é “alheia à CMSV”: Vereador acusa Graça de tentar prestar serviço à “chefe” do PAICV

A Câmara Municipal de São Vicente acusa o  líder do PAICV da ilha de tentar mostrar serviço perante a sua chefe e dissuadir “os menos atentos” quando alega falta de equipamentos e de pessoal na corporação dos bombeiro municipais. De acordo com o  vereador pela pasta da proteção civil, José Carlos, a corporação dispõe de 21 bombeiros efetivos e 15 voluntários.

No entanto, admite insuficiência na corporação, alegando que os motivos são alheios à autarquia e que levam tempo a serem resolvidos. Pois, “dos 21 bombeiros, houve baixa de 6 elementos, um deles porque aposentou-se por incapacidade, e cinco foram retirados dos serviços de turno por incapacidade médica, ficando apenas a fazer um trabalho não operativo”. Além disso,  foram ainda destacados 5 bombeiros no aeroporto internacional Cesária Évora, com base num protocolo entre a Câmara Municipal  e a ASA. Esta fonte, em conferência de imprensa, admite que  esta situação actual da corporação incapacita-os de honrar o compromisso com a referida empresa e, por isso, “dentro de um curto período estes bombeiros regressarão aos seus postos e isso irá resolver o problema de efectivos”. 

Dos 15 bombeiros voluntários, o vereador afirma que são gratificados, que há incentivos e pagamento de propinas no ensino secundário e no ensino superior, conforme o caso. No que toca à falta de equipamentos, acusa o governo anterior de negligência com a cooperação enquanto esteve no poder.

Se existe falta de equipamento, a culpa é do seu partido que esteve 15 anos no poder sem investir nos bombeiros. Em 2016, com o actual Governo, elaboramos um projeto de pedido de equipamentos ao governo e responderam com duas viaturas zero quilómetro de combate a incêndios, totalmente equipados e um conjunto de equipamentos como geradores, macas e tendas”, diz Jose Carlos. Acrescenta ainda que a corporação dispõe de quatro ambulâncias operativas a funcionar no quartel. 

Este autarca continua a sua contradição a Alcides Graça sobre a situação “degradante dos bombeiros”. “Com a aprovação do regulamento interno, foi duplicado o salário e instituído subsídios de turno em 20%, de risco, gratificações entre 30 a 50% pelo trabalho prestado à Enapor. Sem contar com as duas refeições distribuídas diariamente aos bombeiros municipais.”

Mesmo admitindo que a corporação pode precisar de mais efetivos, realça que só no próximo orçamento da Câmara Municipal, e após lançamento de um concurso publico, é que este problema poderá ser resolvido.

Enumerado os pontos em desacordo com as declarações do líder do PAICV, José Carlos conclui que “há desconhecimentos de Graça sobre a gestão e prioridade de uma autarquia, e organização e gestão de um quartel dos Bombeiros.” Para esse vereador, o pronunciamento feito ontem por Alcides Graça é “ânsia de fazer política sem elevação, não procurando informações corretas, para tentar mostrar serviço à sua chefe com o intuito de ser indigitado às eleições autárquicas de 2020”.

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