São Vicente volta a receber permanências consulares em novembro, com marcações online

O Centro Comum de Visto, em parceria com a Câmara Municipal de São Vicente, vai voltar a realizar permanências consulares no Mindelo no mês de novembro, mas com marcações apenas online. Esta informação foi confirmada pelo embaixador de Portugal em Cabo Verde, Paulo Lourenço. 

À Inforpress, o diplomata explicou que o Centro Comum de Vistos, na Praia, está a sofrer mudanças, inclusive do coordenador, para conseguir dar resposta à “grande procura” existente neste momento, tanto pelos vistos nacionais, como pelos vistos de curta duração, os chamados Vistos Schengen. “Estão a fazer mudanças para tentar encontrar melhores respostas, com os recursos que dispomos, para lidar com esse aumento da procura”, declarou, justificando as poucas presenças consulares nas outras ilhas com o facto de o próprio coordenador do CCV assumir as deslocações para este trabalho. 

Entretanto, afirma, estão empenhados em retomar em novembro as presenças consulares em São Vicente, tendo em conta “a necessidade e ansiedade” da população. “Vamos retomá-las numa base mensal, como temos vindo a fazer, por uma semana, nos moldes em que era feito anteriormente”, sublinhou, prometendo para novembro o anúncio da data da próxima presença consular.

Relativamente as medidas a serem tomadas para não acontecer as confusões registadas em Junho, altura em que houve filas enormes de vésperas e vendas de lugares por valores que chegavam aos 10 mil escudos, o embaixador disse que a opção de fazer as marcações de forma presencial deveu-se à “captura” de vagas por intermediários através do agendamento online. “Mas, manifestamente ficou claro que o agendamento online, apesar de todas as suas contingências, de enorme pressão, enorme procura e até de açambarcamento digital, é a melhor solução, do que voltar para o sistema antigo de atendimento por ordem de chegada”, considerou.

Isto porque, justificou, pode acontecer de as pessoas formarem filas e até de ser criada “uma indústria” de organização das filas, que “não tem nada a ver com o serviço de prestação consular e a que o serviço é alheio e nem fazia ideia de como é que isso pudesse acontecer, espontaneamente na rua”, sustentou, referindo-se a venda lugares notado em Junho. “Acho que isso é uma experiência que me parece desaconselhável repetir”, defendeu, reiterando que o agendamento desta vez só será online.

Em suma, o embaixador de Portugal garantiu que estão a fazer de tudo para minorar as dificuldades dos cabo-verdianos para conseguir agendar os pedidos de vistos Shengen.

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