O sistema de atendimento médico nas urgências passa a contar com o apoio do Grupo Caboverdeano de Triagem (GCT), cuja sede nacional fica no Hospital Baptista de Sousa, o primeiro estabelecimento a adoptar o Protocolo de Triagem de Manchester em 2014. Integrada por profissionais experientes e comprometidos com a melhoria da triagem dos doentes, a organização, conforme o presidente Paulo Almeida, está autorizada a implementar o referido processo e capacitada a ministrar formações sobre o mesmo.
“Nosso objetivo principal é promover a padronização das práticas de triagem em Cabo Verde, estabelecendo diretrizes e protocolos que possam ser utilizados por profissionais de saúde em diversos contextos”, explica o GCT em comunicado enviado à redação do Mindelinsite. O grupo, conforme a nota, acredita que a implementação de um sistema de triagem eficiente contribui para a redução de filas e espera nos serviços de urgência. Além de proporcionar um atendimento mais ágil e eficiente, ajuda a estabelecer prioridades em função da necessidade clínica, e não segundo a ordem de chegada. Deste modo, cabe ao GCT auxiliar e melhorar o atendimento nos serviços de urgência e emergência, através da aplicação de protocolos de triagem de forma rápida, eficiente e segura.
A organização salienta, aliás, que o hospital de S. Vicente, onde foi implementado o sistema de Manchester em 2014, já acumulou “boas experiências” em triagem, auditorias e implementação de circuitos de encaminho a partir do mencionado protocolo. As próximas unidades em processo de adopção do “Manchester” são o hospital Ramiro Figueira, no Sal, e João Morais, em Santo Antão, tendo já sido realizados cursos de triagem e auditoria nestes estabelecimentos públicos. O GCT pretende, entretanto, estabelecer um acordo com o Ministério de Saúde para a implementação do protocolo em todas as estruturas de urgências públicas do país.
O grupo mostra-se disponível para colaborar com outras instituições e profissionais de saúde interessados em aprimorar suas técnicas de triagem. De acordo com os estatutos, o GCT pode ainda sensibilizar a comunidade médica, as administrações hospitalares e a sociedade da relevância de uma adequada classificação no atendimento de urgência, estimular investigações no âmbito da triagem como meio para melhoria contínua da abordagem inicial do doente agudo. Ainda dar suporte metodológico a todos os hospitais e profissionais que utilizem a referida ferramenta.
Outros objectivos passam por formar auditores e triadores e manter uma base de dados nacional atualizada de todos os formadores e formados.