Os professores nomeados este ano lectivo estão com três meses de salários em atraso. Inconformados, muitos deles tem estado a recorrer as redes sociais para “chorar” as suas magoas e criticar o silêncio do ministério da Educação.
É o caso, por exemplo, de Artur Brito, que numa publicação na sua página diz que os professores estão a três meses sem salário, mas para os governantes e suas famílias não falta nada. E ainda têm algumas mordomias a custa do erário publico. “Em plena quadra festiva, não pude oferecer um presente aos meus filhos, pois ainda não vi a cor do meu salário, não obstante todo o meu empenho e motivação ao longo de três meses de muito trabalho. Depois queremos professores motivados”, desabafa.
Esta situação leva-o a afirmar que está neste momento desacreditado com os governantes e tão pouco acredita num futuro melhor para o país. “Este país que tanto amo, começa a fazer-me acreditar, infelizmente, que devo urgentemente pensar que futuro dos meus filhos com certeza será em outras paragens”, desculpando-se, mas realçando que este é o sentimento que lhe vai na alma.
Ouvidos por Mindelinsite, alguns lamentam sobretudo o silêncio Ministério da Educação para tanta demora. Aliás, dizem, a delegada em São Vicente nada sabe, dizem, acrescentando que esta situação afecta todos os docentes nomeados este ano. “Não consigo precisar somos quantos, mas posso garantir que somos muitos, espalhados por todos os concelhos do país.”
Constança de Pina