O auditório António de Almeida Santos da Assembleia da República, em Lisboa, recebe nos dias 13 e 14 de janeiro de 2023 o colóquio “Amílcar Cabral e a história do futuro”. O evento assinala os 50 anos do assassinato daquele que é considerado o pai da nacionalidade cabo-verdiana e bissau-guineese.
De acordo com o jornal Esquerda.net, pretende-se com este colóquio discutir a influência politica, teórica e cultural de Amílcar Cabral, evocar os legados da guerra colonial, das lutas de libertação e analisar de que forma este passado continua a ecoar nos desafios contemporâneos que a sociedade portuguesa enfrenta.
O programa do dia 13 de janeiro incluiu ainda de manhã as mesas “A guerra colonial e as lutas de libertação: memórias e silenciamentos”, com Miguel Cardina, Carlos Cardoso, Patrícia Godinho, Cláudia Castelo e moderação de Inês Rodrigues e “Amílcar Cabral: trajetos de vida e memória viva”, com Iva Cabral, José Neves, Leonor Martins, Julião Sousa, José Pedro Castanheira e moderação de Victor Barros.
A tarde iniciar-se-á com uma conferência de Pedro Pires, antigo Primeiro-Ministro, ex-Presidente da República de Cabo Verde e Presidente da Fundação Amílcar Cabral, seguida da projeção do filme “O regresso de Cabral”, com debate posterior por Filipa César, Sana na N’ Hada e Diana Andringa (moderação de Sumaila Djaló).
No sábado, as sessões debruçam-se sobre “Amílcar Cabral: textos”, com Ângela Coutinho, Mustafah Dhada, Roberto Vecchi e moderação de Rita Lucas; “Amílcar Cabral: dimensões internacionais da luta”, com Rui Lopes, Aurora Santos, Teresa Cravo e Vincenzo Russo, moderado por Pedro Aires Oliveira; “Amílcar Cabral: política, cultura e utopia”, com Miguel de Barros, Rui Cidra, Sílvia Roque e Rede Wilson Lima e moderação de João Mineiro e a mesa “Descolonização: significados e desafios”, com Beatriz Dias e Bruno Sena Martins (moderação de Marta Lança).
A Festa de Encerramento decorrerá no B.Leza, com um concerto de Prétu (o novo projeto de Xullaji), onde junta samples de referências africanas e ritmos eletrónicos a mensagens associadas aos temas da descolonização, do pan-africanismo e do afro-futurismo e o dj set “Abel Djassi” (Mama Demba e Inês R.).
A organização deste colóquio nasceu de uma parceria entre o Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra através do projeto CROME, o Instituto de História Contemporânea, o laboratório associado IN2PAST, a Cultra e a campanha “Abril é Agora”. O acesso à iniciativa é livre, mas a inscrição é obrigatória.