O presidente da JPD defendeu, na sua mensagem em saudação ao Dia Internacional da Juventude instituído pelas Organização das Nações Unidas sob o tema “Solidariedade Internacional: criando um mundo para todas as idades” a necessidade de, com a juventude, conquistar o futuro. Vander Gomes apontou a educação e o empreendedorismo como caminhos para se romper com o assistencialismo e desafiou os jovens a assumirem a liderança do processo desenvolvimento do país.
“Ao conquistar o futuro, isto é, ao construir um Cabo Verde de progresso e de desenvolvimento, estaremos a fazer um país para todas e todos”, afirmou. Isto numa altura que, diz, os jovens cabo-verdianos são confrontados com um dos momentos mais complexos da vida do país.“Anos consecutivos de seca, a pandemia da Covid-19 e, mais recentemente, a eclosão de uma guerra no leste da Europa, estão a ter impactos profundos na vida das famílias e das empresas”, enfatizou.
Mesmo assim, diz, o país está a retomar a sua economia e programas sociais têm vindo a cuidar daqueles que sobrevivem em situações de precariedade. Não obstante as dificuldades, Cabo Verde está a reagir aos efeitos colaterais de três crises. Mas o Estado não colapsou e programs específicos para a juventude têm vindo a ser implementados, centrados na formação e na criada ode emprego.
Perspectivando o futuro, o presidente da Juventude do MpD defendeu que o pais, dentro das limitações impostas pela crise, deve reforçar a sua aposta na juventude em duas áreas especificas: a educação e formação e o emprego e o empreendedorismo. “Mas a educação, para ser eficaz e útil, tem de recentrar os seus objectivos, nomeadamente em termos de modelo educativo. Assim, ao invés de estar demasiadamente centrado na aquisição de conhecimentos, o sistema educativo deve, antes de tudo, ensinar os jovens a pensar e a terem um pensamento autónomo”, incita.
Ao mesmo tempo, prossegue, reforçar duas vertentes: o ensino técnico, fundamentalmente ligado às novas tecnologias, à economia marítima e ao desenvolvimento industrial produtivo; o ensino das artes, ligado as emergentes industrias criativas. Só assim, diz, a sociedade deixará de estar amarrada ao assistencialismo e passará a ser um país produtivo. “Ao estado social, compete, naturalmente, garantir os serviços públicos básicos e os direitos constitucionais fundamentais, mas concorre à sociedade civil, e em particular aos jovens, assumir a liderança do processo de desenvolvimento do país, fazendo das dificuldades oportunidades de crescimento e de empurrar Cabo Verde para frente”.
Instado a apontar as principais reivindicações da juventude cabo-verdiana neste momento, o presidente da JPD aponta sem evitar o emprego e a habitação condigna. Mas diz acreditar que com o modelo que o país está a trilhar os jovens quadros deixaram de procurar a emigração para garantir o seu futuro.