Paulo Veiga confirma pedido de demissão da direção do GP do MpD, motivado por “falta de articulação” do Governo com os deputados

Paulo Veiga nega que a polémica decisão tenha a ver com a emissão de um selo comemorativo do centenário do nascimento de Amílcar Cabral, lançado a 13 de setembro pelos Correios de C. Verde e de Portugal.

O deputado Paulo Veiga confirmou ao Mindelinsite que a direção do Grupo Parlamentar do MpD apresentou um pedido de demissão na passada sexta-feira, mas negou que esta medida esteja relacionada com a emissão pelo Governo do selo comemorativo do centenário do nascimento de Amílcar Cabral, como adianta o jornal Opaís. Contido nas palavras, o ex-ministro da Economia Marítima salientou que o cerne da questão é, na verdade, a falta de articulação entre o Executivo e a liderança do Grupo Parlamentar sobre várias matérias.

“É verdade que colocamos o cargo à disposição, mas não corresponde à verdade que emitimos um comunicado de imprensa sobre o assunto. Reforçamos que o motivo por trás da decisão não é a emissão do selo do centenário de Amílcar Cabral. A questão é mais profunda e iremos explicar tudo esta sexta-feira numa conferência de imprensa”, assegurou o líder parlamentar do Movimento para a Democracia em conversa com a nossa redação. O contacto com os jornalistas irá acontecer logo após a realização de uma jornada extraordinária convocada por Paulo Veiga para debater a situação de forma exaustiva.

Veiga reforça que a polémica decisão foi motivada por várias medidas públicas tomadas pelo Palácio da Várzea sem a mínima concertação com os deputados, que são a força política que suporta a equipa liderada por Ulisses Correia e Silva no Parlamento.

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