O dossier Cabo Verde Airlines voltou à ribalda esta semana, tendo sido um dos pontos de debate na sessão parlamentar sobre o Estado da Nação. Além da chamada de atenção da UCID, que defendeu a suspensão da parceria entre o Governo e a empresa Lofleidir Icenlandic, deputados do PAICV questionaram o Executivo sobre o tema.
Nessa senda, o vice-Primeiro ministro Olavo Correia salientou que o Estado de Cabo Verde ainda é accionista da companhia aérea Cabo Verde Airlines e que tem estado a intervir nessa perspectiva. Segundo o ministro que tutela as Finanças, sem essa ajuda a CVA irá desaparecer. “Temos de ser claros nesta matéria”, enfatizou Correia, salientando que esse tipo de acção ocorre noutros países. O governante reforçou que a situação da CVA piorou com o impacto da pandemia da Covid-19 no sector da aviação, obrigando a companhia a ficar parada durante mais de quatro meses.
Entretanto, o ministro do Turismo e Transportes acabou por abordar a situação dos aviões da Cabo Verde Airlines “retidos” nos Estados Unidos. Apesar das suspeições lançadas pela oposição, Carlos Jorge Santos assegurou que as aeronaves estão na América porque neste país é mais fácil serem submetidos à manutenção. Mas, para o PAICV e a UCID, algo não bate certo nesta “estória”.