O Primeiro ministro Ulisses Correia e Silva enfatizou ontem, na abertura da CVOW, a pretensão de Cabo Verde de atingir mais de 50 por cento de penetração nacional das energias renováveis até 2030 e, consequentemente, reduzir os custos e o preço da energia. Segundo Correia e Silva, a estratégia do Executivo é acelerar o nexo entre a água e a energia renovável para colocar esses recursos mais ao serviço da agricultura, reduzir a dependência da chuva para este sector, massificar o uso do sistema de rega gota-a-gota e fazer um uso mais seguro das águas residuais.
“Estaremos a fazer uma boa combinação de recursos porque dispomos de terra arável escasso, mas temos Sol e vento para produzir energia”, enalteceu. No tocante ao sector marítimo, Correia e Silva sublinhou que o objectivo do Governo é desenvolver a economia azul de forma sustentável, numa relação entre a preservação dos recursos marinhos e o ambiente, mas com a criação de riqueza e emprego.
Já o ministro Paulo Veiga mostrou-se convicto que as actividades previstas para a terceira edição da semana do mar serão uma oportunidade de partilha das melhores práticas e soluções para a economia marinha e marítima. O governante realçou que nos dois últimos anos o evento tem dinamizado Cabo Verde, principalmente a cidade do Mindelo, criando momentos ímpares a nivel desportivo e cultural. Esta edição, frisa, acontece no ano da pandemia, pelo que será desenvolvido num formato diferente, com aposta maior nas plataformas digitais. Mesmo assim, diz o responsável pela pasta da Economia Marítima, a CVOW não poderia deixar de acontecer, por ser um evento que promove o pais a nível internacional e se tornou numa marca.
Várias conferências estão programadas para esta semana do mar como o papel do Campus do Mar no desenvolvimento de Cabo Verde, a realidade do sector marítimo nacional, além de workshops e apresentação dos projectos da Marina Oceânica da Onave e da Nortuna – Aquacultura Flamengo.
