O empresário Nelson Lopes revelou esta manhã que o Movimento Más Soncent recebeu propostas de coligação dos quatro partidos que concorrem às Legislativas em S. Vicente (MpD, UCID, PAICV e PTS), mas aceitou juntar-se ao PAICV pelas vantagens que apresentam para o grupo e os propósitos a serem atingidos. Além disso, frisa Lopes, acabou por ficar na terceira posição da lista dos “tambarinas”, isto é num lugar elegível, tendo em conta os resultados que esta força política tem alcançado em S. Vicente.
Ciente de que será eleito deputado nacional, Nelson Lopes, que se apresenta como independente e representante da sociedade civil, realça que isso irá permitir ao MMS estender a sua influência para o centro das decisões políticas em Cabo Verde, depois de já estar presente na assembleia municipal de S. Vicente com um eleito.
“Acreditamos, muito sinceramente, que os propósitos do Movimento Más Soncent terão ainda mais eficácia a nível da ilha de S. Vicente se, a nível nacional, no centro das decisões politicas, tivermos igualmente um representante, neste caso no Parlamento”, enfatiza Lopes. Acrescenta que, para haver um “más soncent”, será preciso existir um “más Cabo Verde”.
“Um Cabo Verde mais plural, diverso, justo e mais equilibrado para que possamos ter um S. Vicente mais desenvolvido, dinâmico e com oportunidade para todos”, reforça Lopes, que negou especificar qual foi a proposta avançada pelo MpD. Assegura, entretanto, que dará prioridade aos problemas que afectam os sectores dos transportes aéreos e marítimos, saúde e emprego enquanto deputado.
Segundo Lopes, todo o staff e apoiantes do MMS estão mobilizados nessa disputa eleitoral. Uma equipa pronta para se aliar aos apoiantes do partido da estrela negra com o objectivo de garantir a vitória do PAICV neste círculo eleitoral.
Nelson Lopes, que negou especificar a proposta recebida do MpD, esclarece que a coligação com o partido liderado por Janira Hoppfer Almada joga num campo diferente do poder local. Isto é, deixou claro que esse acordo político não implica as posições que o eleito do MMS na Assembleia Geral da CMSV poderá tomar sobre assuntos ligados estritamente ao poder local.