O Ministério da Saúde espera vacinar cerca de 4.900 meninas de 10 anos, ou seja, nascidas em 2011, contra o Vírus do Papiloma Humano (HPV). A primeira fase da vacinação iniciou esta segunda-feira, 16, em todos os centros de saúde de Cabo Verde.
Em comunicado, o MS explica que, apesar do cancro do colo do útero ser prevenível e tratável, cerca de 300 mil mulheres morrem por ano, e mais de 85% destas mortes ocorreram em países de renda média e baixa, fundamentalmente nas regiões menos desenvolvidas. Diz ainda que o cancro do colo do útero é o quarto tipo mais comum em mulheres a nível mundial.
“Os Vírus do Papiloma Humano (HPV), transmitidos por contato sexual, são responsáveis por 70% dos casos de cancro do colo do útero registados no mundo, e para a sua prevenção foram desenvolvidas e homologadas pela OMS três vacinas eficazes, que permitem a prevenção das lesões pré-cancerosas que, caso não forem tratadas, podem progredir para o cancro do colo do útero, vulvovaginal, bem como as verrugas anogenitais nas mulheres e homens”, esclarece.
O objectivo, prossegue, é baixa a taxa de morbimortalidade por cancro do colo do útero no país. Foi por isso que o MS decidiu introduzir a vacina, numa primeira fase de 10 anos, com abrangência nacional. “Os pais e encarregados de educação podem levar as meninas com 10 anos, para centros de saúde, nos serviços de vacinação de crianças, durante o horário normal de expediente, munidos de caderno de vacinação da adolescente”, diz a tutela, acrescentando que, caso não tiveram o caderno de vacinação podem levar o BI, CNI ou qualquer documento para receber a vacina.
A vacina que está a ser administrada em Cabo Verde, conforme informa o ministério da Saúde, é a Cervarix Bivalente que protege contra os tipos 16 e 18 do HPV, responsável por mais de 70% dos cancros de colo de útero. Trata-se, concluiu, de uma vacina segura que já foi administrada em vários países do mundo e de cordo com estudos científicos, ainda não foram comprovados efeitos secundários graves relacionados.
