Paulo Veiga confirmou há momentos a sua decisão de solicitar a exoneração do cargo de ministro do Mar ao chefe do Governo, Ulisses Correia e Silva, decisão que, assegura, é irreversível. Em nota enviada à comunicação social, Veiga adianta que fez isso em coerência com a sua consciência política e com a pretensão de tirar “todas as consequências políticas” do acto. O político assegura, no entanto, que vai continuar a servir Cabo Verde com a “máxima dignidade” e “sentido de Estado” na qualidade deputado nacional.
“Este é o cargo (deputado) para o qual fui eleito directamente pelo povo e para o qual penso, continuo a ter condições políticas para exercer até ao final do mandato”, frisa Paulo Veiga. O ainda ministro assegura que a sua decisão é irreversível e seguirá todos os trâmites formais. Salienta que vai assegurar a transição da pasta para que todos os processos em curso possam ser acolhidos tranquilamento pelo próximo ministro do Mar.
Na curta nota remetida à imprensa, Paulo Veiga evitou avançar os motivos que estiveram na base do seu pedido de exoneração e nem a data em que foi remetido. Especula-se, no entanto, que será mais uma consequência do mal-estar instalado no seio do MpD, partido suporte do Governo, devido a derrota de Carlos Veiga logo à primeira volta das eleições presidenciais.
A fechar o comunicado, Veiga frisa que trabalhou com serenidade e comprometimento, convicto que o seu ministério alcançou resultados importantes num contexto de grandes dificuldades. Aproveita para agradecer a honra e o privilégio de ter participado no Executivo e servir o país.