O Movimento para o Desenvolvimento de São Vicente (MDSV) criticou hoje, em comunicado de imprensa, o formato em que foi feito o Fórum Pensar SV 2035, dizendo que este poderia ter sido “mais produtivo e menos custoso”. Esta é a primeira reacção deste movimento cívico mindelense a este evento que aconteceu nos dias 19 a 21 e que reuniu no Mindelo especialistas nacionais e internacionais, e diversos membros do Governo.
Na nota assinada por Maurino Delgado e Lídio Silva, estes clarificam que o Movimento não são contra o fórum porque sempre há algum interesse. “Mas pensamos que ele poderia ser feito num formado mais produtivo, menos custoso e com mais espaço de intervenção que permitisse mais e melhor debate”, reage o MDSV em comunicado.
Estes activistas destacam, como resultado positivo deste evento, o desafio lançado à sociedade civil para pensar São Vicente, mormente em tempo de pandemia. “Estamos todos desafiados a fazer esse exercício, para além dos fóruns. É isso que o Movimento vem fazendo através das inúmeras conferências já produzidas sobre diversas questões – o urbanismo, o património histórico, a poluição sonora, a segurança de pessoas e bens, a violação de direitos fundamentais dos cidadãos, questões tratadas muito mal pela Câmara de São Vicente”.
Por isso, apela aos intervenientes no fórum, no caso ao Primeiro-ministro, vice PM, Presidente da Associação Nacional dos Municípios, de entre outros, para se inteirarem das inúmeras intervenções do Movimento que, afirma Maurino Delgado, transmitem as preocupações da sociedade civil.
Quanto à CMSV, diz ter reservas se esta tem capacidade de pensar devido ao seu fraco desempenho em questões estruturantes e sensíveis para a vida do município e para o bem-estar das pessoas. Aliás, por causa destas reservas, interroga se São Vicente está, de facto, no caminho do desenvolvimento.