A manifestação em prol da justiça agendada para o dia 25 de setembro será aproveitada para contestar o aumento do preço da energia eléctrica anunciada pela agência reguladora ARME na ordem dos 37%, a partir do dia 1 de outubro. Segundo Salvador Mascarenhas, as pessoas consideram essa medida injusta, pelo que se enquadra no protesto marcado para daqui a 10 dias a nível nacional e nalguns países da emigração.
“Concordamos que se trata de um acto de injustiça social aplicar um aumento dessa envergadura. Há pessoas que defendem a realização de um protesto só para o caso Electra, mas não é fácil preparar uma manifestação. Além do mais, enquanto o povo não sentir o impacto dessa subida nos bolsos não irá reagir”, considera o presidente do movimento Sokols-2017, principal organizador desse evento popular em Cabo Verde.
Pela reação das pessoas, Mascarenhas antevê uma adesão expressiva de manifestantes. Aliás, diz, os próprios emigrantes estão a colaborar com o envio de dinheiro para custear a produção de cartazes, folhetos e camisolas.
Hoje a organização entregou o pedido de autorização do evento na Câmara de S. Vicente e na Polícia Nacional e, segundo Salvador Mascarenhas, vão começar a espalhar cartazes e a lançar mensagens constantes através de carros de som. Está ainda prevista uma reunião virtual entre elementos do Sokols e os organizadores das ilhas e da diáspora.
“Queremos uma manifestação ordeira e que as pessoas usem máscara e respeitem o distanciamento para evitar a propagação da Covid”, frisa Mascarenhas.
Em S. Vicente, os manifestantes vão fazer paragens nalguns pontos-chave, nomeadamente em frente à cadeia central da Ribeirinha – onde o jurista/deputado Amadeu Oliveira está em prisão preventiva -, no Tribunal da Relação de Barlavento, na Avenida Baltasar Lopes da Silva e com término da concentração no ponto de partida, ou seja, na praceta Don Luiz.