Mais de trinta voluntários estão envolvidos numa campanha de limpeza na ilha de Santa Luzia, com o apoio da Câmara de S. Vicente, Biofera I e do navio Global Sea Shepherd. Até o dia 14, vão recolher o máximo possível do lixo acumulado nessa ilha deserta e reserva natural, que será transportado para o Porto Grande pela embarcação de 52 metros de comprimento e depois transladado para a lixeira de S. Vicente por viaturas da autarquia mindelense.
A intervenção dos voluntários será fundamentalmente na praia dos Achados, ponto que acumula a maior parte dos resíduos atirados ao mar por navios e levados pela correnteza. Por outro lado, é a zona onde acontece a maior parte da desova das tartarugas que procuram a ilha de Santa Luzia, em particular a espécie careta-careta.
“Nesta praia, o lixo constitui a maior ameaça às tartarugas marinhas, que, ao procurarem a praia para desova, ficam presas entre lixos, sem poderem regressar ao mar, acabando muitas vezes por morrer, pelo que a limpeza da praia se torna numa actividade anual de suma importância para a protecção da espécie”, realça nota de imprensa veiculada pelo Governo e que enaltece o facto de a tartaruga cabeçuda ter feito 5 mil ninhos em Santa Luzia, em 2018.
A avaliar pelas indicações das embalagens encontradas em Santa Luzia e supostamente descartadas por navios em alto-mar, prossegue esse comunicado, tudo indica que o lixo amparado pela praia dos Achados é proveniente de mais de 15 países, entre os quais Portugal, Colômbia, Filipinas, Uruguai, Gana, França, África do Sul, Grécia, Estados Unidos da América… A campanha decorre de 10 a 14 deste mês.