A empresária Helena Fortes encabeça uma lista à liderança do MpD em S. Vicente, cuja candidatura e moção de estratégia serão formalmente apresentadas hoje à noite na zona de Chã de Marinha. Segundo elemento da equipa do jurista Armindo Gomes, vencedora das anteriores disputas políticas locais, Lena, como é conhecida, foi alçada ao comando de uma candidatura única, pelo que está segura a sua escolha como nova responsável dos “ventoinhas” na Cidade do Mindelo.
Segundo Lena Fortes, houve um consenso tanto dos integrantes da antiga lista como dos outros militantes para liderar uma candidatura única às eleições internas, marcadas para 15 de outubro.
Sob o lema “Unidos somos mais fortes”, Helena Fortes promete trabalhar para reforçar a ligação dos militantes do MpD na cidade do Mindelo. “Tendo em conta que tivemos nas eleições anteriores três listas concorrentes, o facto de termos agora uma lista única consensual demonstra que existe neste momento um sentimento de união. Devemos levar ainda em consideração que o partido esteve praticamente um ano inactivo em S. Vicente, mas prometemos organizar a casa e trabalhar no terreno”, assume Lena Fortes.
Um dos grandes desafios que Lena Fortes vai enfrentar será a campanha eleitoral para a Câmara de S. Vicente, em 2024. Tendo Augusto Neves confirmado a sua decisão de concorrer a mais um mandato, Fortes assegura que irá dar o apoio total à candidatura escolhida pelo partido para as autárquicas.
A tomada de posse da nova direção regional do Movimento para a Democracia está programada para acontecer durante a abertura do ano político, que terá como palco a ilha de S. Vicente nos dias 20 e 21 de outubro.
O partido, relembre-se, viveu momentos conturbados que provocaram a destituição de Armindo Gomes do cargo de presidente da Comissão Concelhia de S. Vicente por alegados actos que contrariaram os estatutos do MpD. Deste modo, foi aprovada uma moção de censura, que provocou a queda de todos os membros da comissão, incluindo o presidente. Foi, entretanto, deliberada a criação de uma comissão ad hoc presidida por Pedro Gomes, que ficou incumbida de gerir a estrutura local até as novas eleições, marcadas para 15 de outubro.