São Vicente vai ter menos 26 assembleias de voto nas eleições legislativas deste domingo, 18 de abril, do que nas autárquicas de outubro passado. São agora 166 mesas contra as 192 do pleito anterior. Com isso, o número de eleitores por mesa também aumentou de 300 para 350, informa o delegado da Comissão Nacional das Eleições, Christian Morais Semedo.
Ao Mindelinsite, este responsável informa que estão inscritos na ilha de S. Vicente 53.592 eleitores, distribuídos por 166 mesas, o que pressupõe uma média de 322 eleitores por local de votação. “Em termos logísticos, estamos na recta final das formações, que tiveram a duração de uma semana. E tudo está a decorrer conforme o previsto. Tivemos uma adesão massiva, principalmente nos últimos dias”, revela Christian Semedo, que aproveita para, em nome da CNE, agradecer o esforço dos jovens, principalmente dos professores que, ao longo dos anos, estão nas mesas de votos.
O delegado da CNE em S. Vicente esclarece que, em linha com o previsto no Código Eleitoral, têm optado por colocar cada vez mais jovens com 10º a 12º ano de escolaridade como escrutinadores. Ainda: licenciados como secretários e os professores que habitualmente trabalham nas eleições como presidentes, por forma a garantir a segurança e lisura do processo. “Tendo em conta que cada assembleia de voto tem seis pessoas a trabalhar, se multiplicarmos as 166 mesas de votos por seis, teremos perto de mil elementos envolvidos nestas eleições.”
Quanto à diminuição do número de assembleias de voto em São Vicente, Semedo explica que, por causa da pandemia da Covid-19, foram aumentadas as mesas nas autárquicas. Com isso, o número de votantes por assembleia baixou para 300. Entretanto, agora nas legislativas em que o contágio disparou, por conta de uma deliberação da CNE – que determina que cada mesa terá até 350 eleitores – o número de mesas foi reduzido de 192 para 166. “As zonas com maior número de assembleias de voto são Monte Sossego (19), Ribeirinha (15) e Chã de Alecrim (12). Em sentido contrário, Norte da Baía continua a ser a localidade com menos votantes na ilha, com 61 inscritos.”
Christian Morais Semedo garante que já está tudo a postos para a votação e que, até domingo, não se prevê nenhuma alteração na logística destas eleições legislativas. “Acredito que tudo vai decorrer na normalidade e que os maiores derrotados destas eleições serão o vírus da Covid-19 que circula entre nós e a abstenção”, frisa o delegado da CNE, que diz esperar que mais eleitores decidam ir às urnas por forma a baixar a taxa de abtenção em S. Vicente, que se situou em 43,5% (22.915), o terceiro maior de Cabo Verde, depois da Praia (55,6%) e do Sal (44,4%).