O Primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, inaugurou no inicio da tarde deste sábado os serviços de neonatologia, lavandaria e Unidade de Cuidados Especiais do Hospital Baptista de Sousa em São Vicente. A cerimónia foi testemunhada por uma grande delegação governamental, que aproveitou para conhecer vários outros serviços prestados por este hospital central. Antes, o chefe do Governo presidiu o arranque das obras do Centro de Terapia Ocupacional (CTO). Obras que totalizam 2,2 milhões de contos, incluindo o novo Centro Ambulatorial, cujo projecto de arquitectura foi apresentado ao público, numa cerimónia no Auditório do HBS.
As obras inauguradas mostram, segundo Correia e Silva, que se está a fazer e a evoluir positivamente em São Vicente. “Hoje logo cedo estivemos a arrancar as obras do Centro de Terapia Ocupacional da Ribeira de Vinha, que é importante para a recuperação e largada de novas vidas, particularmente dos nossos jovens afectados por fenómenos da droga e do alcoolismo. Significa muito para S. Vicente e para Cabo Verde”, referiu Ulisses Correia e Silva, aproveitando para endereçar algumas palavras para os profissionais de Saúde por sua entrega, que considerou ser insubstituível.
“Podemos fazer todas as obras e colocar todos os equipamentos, mas o mais importante são os recursos humanos. Termos aqui pessoas motivados e qualificados, cada vez mais viradas para o serviço público que todos temos a obrigação de prestar. Destaco também o aproveitamento que está a ser feito deste hospital de 1899, mantendo o seu traçado, a zona histórica e patrimonial e colocando dele reabilitação e requalificação, equipamentos e tecnologia para melhorarem o serviço aos utentes”, contatou.
Mas todas estas obras têm um custo: 2,2 milhões de contos em investimentos que, afirmou o Chefe do Governo, terão como contrapartida a melhoria na prestação dos serviços aos utentes porque são do produtivos do ponto de vista social e económico. Isso porque, como fez questão de lembrar, Cabo Verde precisa de hospitais de referência para reduzir eventuais riscos de segurança também para aqueles que visitam o país ou querem vir aqui residir. “Cabo Verde tem tido evoluções muito positivas em indicadores de saúde. Mas podemos melhorar ainda mais”, realçou.
Já o presidente da CMSV, que se assumiu como quadro da casa, disse estar emocionado por ver tanta coisa a ser realizada no HBS. Neste sentido, parabenizou o Governo por ter ouvido as preocupações da direcção do hospital e seguido as indicações do Delegado da Saúde. “Esta é uma instituição que trabalha para uma grande população, sendo cerca de 83 mil habitantes de São Vicente e outros tantos de Santo Antão e São Nicolau, somando em torno de 150 mil almas”, assegurou Augusto Neves, frisando a dinâmica empreendida pelo pessoal da saúde em todas as suas vertentes.
Augusto Neves disse ter se sentido particularmente impressionado com o envolvimento de várias empresas nas obras de requalificação do hospital. “É uma nova dinâmica que está a ser empreendida em Cabo Verde. Isto é trabalho, é resolver os problemas do emprego em São Vicente e em Cabo Verde. É fazer com que as empresas nacionais e as sediadas em São Vicente tenham obras para poderem ter o seu ganha-pão”, finalizou.
Constânça de Pina