O Governo vai intermediar o diferendo entre os Transportes Interilhas de Cabo Verde (TICV) e a Agência da Aeronáutica Civil (AAC) para tentar evitar a suspensão dos voos domésticos a partir de 01 de abril. Esta garantia foi dada hoje no Mindelo pelo Primeiro-ministro ao jornal da tarde da RCV.
Ulisses Correia e Silva reagia assim ao comunicado emitido pela Associação das Agências de Viagens sobre a suspensão dos voos, a partir de 01 de abril, pela empresa Transportes Interilhas de Cabo Verde. O Chefe do Governo admitiu estar a par de um diferendo entre os TICV e a reguladora AAC.
“O Governo está a intermediar este processo para que se resolva rapidamente este problema entre a reguladora e a companhia de aviação e pensamos que nos próximos dias estará resolvido”, afirmou Correia e Silva, esclarecendo que o diferendo se refere a aplicação a aplicação de normas e de regras. No caso, a companhia tem um entendimento e a reguladora outra
“O Governo está a intermediar, sem interferir nas competências da reguladora, para se poder encontrar uma solução que normalize a situação, ou seja, o Governo aqui facilita o diálogo, o entendimento a procura de soluções”, acrescentou o Chefe do Governo, Ulisses Correia e Silva.
Em comunicado, a AAVT disse estar preocupada com a indisponibilidade de voos da TICV a partir de 01 de abril, sem uma explicação plausível. É que esta situação, afirma, vai ter forte impacto na tesouraria das empresas.
“Tratar-se-á de uma situação inusitada e que, sobretudo nestes tempos difíceis para a aviação civil, vem acrescer ainda mais as dificuldades sentidas pelas agências de viagens nacionais, pois que torna quase impossível a planificação e venda antecipada de passagens áreas, inclusive, a nível internacional, já que os emigrantes e outros passageiros da Diáspora recusam-se a adquirir passagens aéreas para Cabo Verde, sem garantia de ligações internas aéreas às diferentes ilhas”, refere a nota.
Este realça ainda as dificuldades acrescidas que esta decisão acarreta para as agências de viagem numa altura em que a sobrevivência dos negócios está por um fio devido a crise provocada pela pandemia da Covid-19. Por isso mesmo, a AAVT implorava a quem de direito para tentar uma resolução imediata da questão. O PM respondeu, prometendo intermediar o caso.